Estudo evolutivo do vírus dengue predominante no estado do Amazonas (2011-2016), com foco na dispersão viral e na falha no diagnóstico sorológico
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7099 |
Resumo: | A dengue é considerada uma das mais importantes arboviroses que atingem o homem. No Brasil, em 2017, foram notificados 252.054 casos prováveis de dengue, dos quais somente no Amazonas foram registrados quase 4 mil casos da doença. A detecção do antígeno NS1 é hoje uma importante ferramenta no diagnóstico rápido da dengue, no entanto, estudos mostram que fatores como sorotipo circulante, região geográfica dos pacientes e infecções secundárias podem estar relacionados com a diminuição da sensibilidade do teste quando comparado com os métodos moleculares. Portanto, com o intuito de avaliar possíveis mutações que possam estar associadas à dispersão da dengue no Amazonas, bem como a falha na detecção do antígeno NS1, realizamos este estudo de evolução do sorotipo/genótipo do vírus do dengue predominante no período de 2011 a 2016 nos municípios do interior e na capital do estado. Ao todo foram analisadas 608 amostras de soro de pacientes com suspeita de dengue coletados em 26 municípios do Amazonas. As amostras foram submetidas à extração de RNA viral e posteriormente ao método de PCR em tempo real, no qual 181 (29,7%) amostras tiveram resultado positivo. Posteriormente utilizando um protocolo de semi-nested PCR, observamos o predomínio de DENV-4 (N=80), seguido de DENV-2 (N=9) e DENV-1 (N=7). Para os sorotipos de DENV-1 e 2 foram conduzidas reações de PCR convencional e sequenciamento somente para a região do ENV, enquanto que para DENV-4 foi realizado também o sequenciamento da região codificadora para NS1. As análises filogenéticas seguiram de acordo com o método de máxima verossimilhança (ML) no programa PhyML, utilizando o modelo escolhido com a ajuda do programa jModeltest v2.1.7 e por Inferência Bayesiana utilizando o programa BEAST v1.8.4. Foram obtidas 27 sequências completas de ENV e 25 de NS1 de DENV-4, provenientes de sete municípios do Amazonas, todas pertencentes ao genótipo II. As sequências de DENV-1 (2016) e DENV-2 (2011) coletadas em Manaus pertenciam ao genótipo V e Asiático/Americano, respectivamente. Durante a análise das sequências de ENV de DENV-4 foram encontrados 140 sítios variáveis e oito trocas de aminoácido, já nas sequências NS1 foram observados 91 sítios variáveis e sete trocas de aminoácidos. De acordo com a análise filogeográfica ocorreram pelo menos duas introduções independentes do DENV-4 no estado do Amazonas. Além disso, nossos dados também mostraram a propagação do DENV-4 a partir de Manaus para os outros municípios dentro do estado do Amazonas. Nos testes de soroprevalência, 45% (164/360) das amostras foram reagentes para detecção de IgG, não sendo observado diferença significativa entre as amostras NS1-Positivas (43,9%) e NS1-Negativas (47,2%). Acreditamos que este estudo tenha importante papel na vigilância arboviral no estado do Amazonas, relatando não apenas os sorotipos e genótipos de DENV de diferentes municípios, mas também como se deu a disseminação do DENV-4 GII no Estado. |