Dias mefistofélicos: a gripe espanhola nos jornais de Manaus (1918 – 1919)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Gama, Rosineide de Melo
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3959554712649678
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3971
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo compreender como uma doença mesmo sendo um processo biológico, ao tomar um espaço físico de uma cidade, assume dimensões que perpassam esse fenômeno, tomando proporções e extensões que vão além do âmbito da patologia física, atingindo também a política, a cultura, a economia, a sociedade e o imaginário. Ao estudarmos a passagem da gripe espanhola em Manaus entre os anos de 1918 e 1919, procuramos analisar o contexto da cidade durante o reinado da epidemia, considerando para isso, uma Manaus da modernidade que gerava exclusões com seus discursos de ordem sanitária e higiênica, justificadas por leis criadas por determinados grupos políticos que exerciam seus poderes na imprensa diária e que usaram a epidemia em beneficio próprio. O texto busca como a população da cidade com o quadro de conflitos políticos, crise econômica e a visão do desmoronar da praticas cotidianas acabou externando comportamentos adversos diante da epidemia. Portanto, em um contexto de fome, peste, morte e eclipse, não seria difícil representar esses momentos como prenúncios apocalípticos.