A biodiversidade de macrofungos (Basidiomycota) e a etinomicologia no Sudoeste da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cavalcante, Felipe Sant' Anna
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2723540144012951, https://orcid.org/0000-0002-3765-9218
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - Humaitá
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8092
Resumo: A questão da diversidade da vida sempre esteve em pauta. Os macrofungos pertencem ao reino Fungi e são conhecidos há mais de 3.000 anos pelos povos asiáticos. Eles são usados pela medicina tradicional chinesa, com o objetivo de fortalecer e de promover maior resistência contra distúrbios orgânicos. Nesse contexto, na história da humanidade, todo conhecimento sobre o mundo e sobre as coisas, tem estado condicionado pelo contexto geográfico, ecológico e cultural. A transformação dos produtos da biodiversidade em riqueza vai depender de tecnologia, de investimentos no setor produtivo, do controle da cadeia produtiva, de mercado, entre outros. No caso da Amazônia, as explorações destes produtos da biodiversidade sempre pecaram pela formação de ciclos econômicos. Assim, de acordo com o conhecimento fragmentado sobre fungos na região amazônica, este trabalho visa contribuir para o conhecimento sobre a etnomicologia e a biodiversidade de macrofungos no município de Humaitá-AM. As coletas para identificação dos fungos foram realizadas em dois períodos distintos período seco e chuvoso, sendo o primeiro compreendendo o mês de agosto e o segundo o mês de novembro de 2019 nas trilhas da base de treinamento do 54º BIS em Humaitá-AM. O início da percepção ambiental se deu primeiramente com excursões junto aos moradores em quatro bairros do município. O estudo foi explicado e discutido com cada morador sem problema quanto ao acesso às informações concedidas. Utilizou-se entrevistas semiestruturadas, visando à obtenção de dados socioeconômicos, micológicos e de utilidade das espécies de fungos encontrados. Com base nas coletas realizadas, verificou-se uma rica biodiversidade de fungos presente no 54º BIS. As principais famílias encontradas foram: Polyporaceae, Marasmiaceae, Ganodermataceae, Agaricaceae. De acordo com as análises obtidas sobre percepção observou-se que 71% dos moradores não apresentam conhecimentos sobre fungos, e os entrevistados que citaram em ter conhecimentos associaram-se os fungos com doenças, entre as citadas: micoses e frieiras. Portanto, esse estudo contribuiu para conhecer a rica biodiversidade local sobre os fungos e abre percepctivas para aprofundar a percepção etnomicológica da sociedade humaitaense.