Formação de professores alfabetizadores, suas múltiplas determinações e possibilidades de seu vir-a-ser

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fonseca, Sônia Cláudia da Rocha
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4684401376620115
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6108
Resumo: Nesta tese objetivou-se analisar as condições histórico-culturais da formação de professores alfabetizadores no Brasil, de modo geral, e em uma escola municipal de Manaus, em particular, para promover a apropriação dos conhecimentos sobre o processo de alfabetização das crianças na perspectiva da formação do pensamento conceitual. Especificamente, buscou-se: a) compreender as contribuições da Teoria Histórico-Cultural (THC) para a formação dos professores alfabetizadores, enquanto possibilidade de explicação e transformação da realidade investigada; b) entender como tem se configurado a formação dos professores alfabetizadores no Brasil, considerando as políticas de formação, as concepções de alfabetização e seus impactos na construção do repertório de conhecimentos das professoras da pesquisa e c) avaliar a construção de um processo formativo colaborativo, no qual os professores figurem como protagonistas, refletindo sobre seus condicionantes histórico-culturais, desafios e possibilidades. Para concretizar tal proposta, realizou-se uma pesquisa empírica, tendo como campo de pesquisa uma escola municipal da cidade de Manaus e, como sujeitos, duas professoras alfabetizadoras. Tratou-se de uma pesquisa que buscou fundamentos, tanto teóricos como metodológicos, na Teoria Histórico-Cultural (THC) e, a partir de seus aportes, sistematizou-se um desenho metodológico que possibilitou conjugar pesquisa e formação de professores, por meio da observação, autoscopia (individual e coletiva), grupo dialogal e entrevista semiestruturada (individual e coletiva). Sendo assim, a pesquisa, revelou que, diferente do que possa parecer pelo aumento de programas de formação de professores a partir da década de 1990, os processos formativos têm oferecido poucas ou nenhuma oportunidade aos professores de avançar no conhecimento sobre a alfabetização, configurando-se mais como momentos de inculcação da concepção de alfabetização que rege as políticas educacionais em cada momento histórico. Por outro lado, processos formativos colaborativos, como aquele desenvolvido na pesquisa, têm o potencial de promover a formação dos conceitos necessários à atividade de ensino dos professores alfabetizadores. No entanto, tal potencial só pode se concretizar se forem criadas as condições concretas necessárias à sua realização. Os pressupostos da THC sobre a formação do pensamento conceitual e sobre as vivências possibilitaram vislumbrar o vir-a-ser da formação dos professores alfabetizadores, na perspectiva da humanização.