Entre vulnerabilidade e resiliência: risco, proteção e subjetividade em adolescentes que vivem em situação de rua em Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Larissa Cristina Nascimento de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6756589627980840
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8164
Resumo: A infância e a adolescência são aspectos da humanidade que são construídos em um contexto histórico-cultural e não são características humanas prontas e únicas. Cada pessoa terá a possibilidade de vivê-las e de construir sua identidade social. Crianças e adolescentes que se encontram em situação de vivência nas ruas compõem um quadro no qual uma das principais características é a violação de direitos, o que causa invisibilidade, aumentando os fatores de risco que permeiam esse contexto de vulnerabilidade social, requerendo resiliência para superar as adversidades. Entendendo a resiliência como processo e partindo da ideia de que sua construção se dá necessariamente em um contexto constituinte de subjetividade, o atual projeto objetivou compreender o processo de resiliência de adolescentes que “habitam as ruas” e os fatores de risco e proteção envolvidos nessa situação de vulnerabilidade. Para tanto, utilizamos a Epistemologia Qualitativa, desenvolvida por Gonzalez Rey para a produção de conhecimento científico sobre a subjetividade numa perspectiva histórico-cultural. Os participantes do trabalho foram dois adolescentes, ambos com 12 anos de idade, sendo um de cada sexo. Os mesmos foram abordados por meio de sistemas conversacionais, onde os sujeitos (re) produziram aspectos da sua realidade e de suas práticas sociais, através de suas reflexões e de seus sentidos subjetivos que foram audiogravados durante a conversação e registrados em diário de campo pela pesquisadora. Os dados foram sistematizados e interpretados a partir do modelo de análise construtivo-interpretativo da Teoria da Subjetividade. Os principais achados apontam para a ideia de que a subjetividade dos adolescentes é construída a partir de suas vivências cotidianas, ou seja, da relação estabelecida com as pessoas e o meio, quer as favoreçam, enquanto proteção na comunidade, ou simbolizem riscos. Almejou-se ao término da atividade discutir sobre como fortalecer e promover fatores que contribuem para o desenvolvimento destes, além de minimizar riscos e reduzir o quadro de vulnerabilidades às quais esses sujeitos estão expostos. Palavras-chave: Adolescentes. Resiliência. Subjetividade.