Significados atribuídos por professores a ‘protagonismo’ em projetos de igualdade de direitos voltados à diversidade sexual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Neves, André Luiz Machado das
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7409149733046445
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3928
Resumo: Esta pesquisa se propôs identificar e analisar significados atribuídos por professores a ‘protagonismo’ em projetos de igualdade de direitos voltados a diversidade sexual. Por entender que o professor possa atuar na zona de desenvolvimento mediando discursos de igualdade de direitos entre a comunidade escolar, ele mesmo pode promover transformações sociais transversalizando temas sobre sexualidade de forma sistematizada, fundamentado pelo conhecimento cientifico. Tomou-se como objetivo geral: Compreender os significados atribuídos por professores a protagonismo na construção e execução de Projetos de Igualdade de Direitos voltados à Diversidade Sexual na Escola. Como objetivos específicos: identificar as atribuições de significados sobre os Projetos de Igualdade de Direito para estudantes LGBT e sua articulação com o protagonismo dos professores; compreender as atribuições de significados de protagonismo para minimização de preconceitos para estudantes LGBT segundo professores e discutir as atribuições dos significados acerca das motivações que tornam o professor protagônico em projetos de igualdade de direitos para estudantes LGBT. Adotou-se a visão de homem proposta por Vigotski, que trata do desenvolvimento humano a partir de pressupostos sócio-históricos. A pesquisa assumiu a abordagem qualitativa, de caráter exploratório. Participaram da pesquisa 06 professores, que atuam no ensino médio. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas para levantamento de dados. Posteriormente, foi criado um corpus e análise e foi usada a técnica de análise denominada núcleos de significações. Os dados estão articulados em três capítulos, conforme os objetivos específicos da pesquisa, resultando um total de 05 núcleos de significações. No primeiro capitulo, apontam-se dois núcleos: um, no qual, os professores consideram que realizar projetos de maneira forçada não é legal, pois a educação tem que envolver vinculação afetiva e, não deve ser permeada pela obrigação e, o outro núcleo atribui à escola um ‘não lugar’ para a diversidade sexual retirando a possibilidades de novas produções de sentidos e ressignificação no processo de educação para a diversidade. No segundo capítulo, se apresenta um núcleo que está pautado no protagonismo do professor para a minimização de preconceitos. O núcleo se centraliza na discussão em sala de aula sobre a temática e no terceiro capítulo se formam mais dois núcleos: o primeiro se refere ao que motiva o professor a trabalhar para a diversidade na perspectiva de mudança de pensamento em relação às pessoas LGBT e, o segundo núcleo diz respeito ao que não motiva vinculado às questões religiosas ou sobrecarga de trabalho. Desta maneira, faz-se importante considerar que há interesse e que alguns buscam levar o tema diversidade sexual para sala de aula, mas, ainda é ausente, o discurso fundamentado pela ideia de igualdade de direitos. Os dados se apresentam positivos para o alcance de realidades igualitárias. Destaca-se que os professores se consideram pessoas chaves para emergir conhecimentos e fomentar discursos igualitários. Isto é bastante positivo e tem interfaces com o que as propostas de igualdade de direitos enfatizam. Os resultados obtidos podem ser considerados como satisfatórios para a pesquisa, pois esses profissionais, inseridos na educação, demonstram acessibilidade para obter novos conhecimentos e interesse pela busca de formação, respeitando o outro e se adaptando ao contexto das manifestações naturais do ser humano, embora ainda sejam envolvidos por sentimentos antagônicos de saber e fazer.