O trabalho infantil doméstico como experiência adversa na adolescência: um inquérito de base escolar em Manaus, Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Corrêa, Stéfany Caetano
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6850837530191095
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas - Universidade do Estado do Pará
Faculdade de Enfermagem
Brasil
UFAM - UEPA
Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10789
Resumo: Introdução: Um dos tipos de trabalho infantil mais frequente é o trabalho em atividades domésticas. É considerado trabalho infantil doméstico o labor de crianças e adolescentes realizados em casa, em atividades prejudiciais à saúde. Apesar de ter essas características, há a dificuldade na sua identificação, pois como é realizado com a família existe o problema de enxergá-lo como tipo de exploração. Objetivo: Investigar a ocorrência de trabalho infantil doméstico como experiência adversa em adolescentes escolares de escolas públicas de Manaus, Amazonas. Métodos: Estudo, quantitativo, transversal de base escolar, realizado em escolas públicas da região urbana da cidade de Manaus. A população foi de escolas com Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e o Ensino Médio. Foram abrangidos (adolescentes de 12 a 17 anos de idade) regularmente matriculados, representando a amostra de 238 alunos, com nível de confiança de 95%. Na coleta dos dados, foram realizadas, o contato prévio com as escolas sorteadas. Houve a realização do pré-teste do questionário em uma Organização da Sociedade Civil. Para a análise de associação foram utilizados o Teste Qui-quadrado e/ou Teste Exato de Fisher, considerando um p-valor ≤ 0,05, as análises foram feitas usando o pacote survey no software Jamovi (versão 2.4.8). Resultados: Dos 238, o estudo revelou um perfil sendo de: mulheres (62,6%) e homens (32,8%) cisgênero. Com faixa etária entre 16 e 17 anos (44,1%), e média de idade de 15 anos. A raça e cor, parda (66,8%) que estavam cursando o 1º ano do Ensino Médio (30,3%), sendo natural de Manaus (72,3%). Uma parcela de (64,3%) recebe algum tipo de auxilio/benefício social. Quanto as características domiciliares, (58,8%) eram compostas por 04 a 06 pessoas com média de 04 moradores por domicílio. As moradias, possuíam 04 cômodos em média, sendo casas (80,7%), de moradia própria (68,9%). O principal responsável pelo sustento familiar eram pai/mãe (70,2%), no grupo etário de 25 a 59 anos (82,2%), com média de idade de 59,5 anos. Entre esses (85,7%) eram trabalhadores, com escolaridade de Ensino Médio completo ou incompleto (39,9%). Os principais achados significativos foram: mais da metade do trabalho infantil doméstico realizados foram entre (cozinhar/servir comida) com cerca de (74,3%) com (p= 0,006) e (limpar residência) com (66,5%) e (p= 0,041) dentre mulher cisgênero que fizeram a atividade não remunerada para ambos. Outro achado foi associação com a variável referentes ao número de cômodos de 04 a 06 com os tipos (limpar residência) com (60,1%) e (p= 0,032) e (lavar roupa) com cerca de (59,9%) e com (p= 0,021) dentre aqueles que responderam, realizar atividade não remunerada respectivamente. Dentre a variável, o principal responsável pela família trabalha a maioria respondeu realizar atividade não remunerada para o tipo de trabalho infantil (fazer compras) com (91,5%) e com (p= 0,004). Apresentou níveis de significância para a faixas etárias de 16 a 17 anos para o trabalho infantil (cuidar de crianças) com cerca de (40,5%) com (p= 0,009) que fizeram o trabalho não remunerado, assim como para a variável escolaridade dos adolescentes no 1º ano do Ensino Médio (35,4%) com (p= 0,046) que fizeram o trabalho infantil doméstico de forma remunerada. Considerações Finais: Desta forma, conclui-se que reduzir o trabalho infantil doméstico requer a visibilidade do problema, do entendimento da sua gravidade e adversidade de suas repercussões para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Por esse motivo, entende-se como relevante à investidura com enfoque na identificação e combate do trabalho infantil em todas suas formas.