Uso social do ambiente: um estudo com jovens moradores do entorno sul da Reserva Florestal Adolpho Ducke

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Theodorovitz, Igor José
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6834531453514024
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2577
Resumo: O ordenamento territorial caracteriza-se como uma manifestação dos aspectos sociais, de modo a manter a funcionalidade de sua própria realidade. No pensamento vigente há um lugar para a natureza e outro para a sociedade humana. Algumas áreas são organizadas para morar, enquanto outras áreas são escolhidas para serem protegidas. Em alguns lugares os acessos são permitidos para um grupo enquanto que, noutros lugares há um impedimento. A partir dessa ordem social instituída para o espaço, este estudo se propôs a analisar os usos sociais de jovens que vivem no subúrbio de Manaus numa área de entorno da Reserva Florestal Ducke e como esses jovens estabelecem tal uso levando em consideração a freqüência, o apego e pertencimento aos lugares. Essa investigação levou em conta o cotidiano dos jovens em lugares de formação pessoal e familiar, lazer e esportes e errância. Participaram desse estudo 130 jovens de ambos os sexos. Os resultados apontaram que os lugares referentes à formação pessoal e social são espaços importantes na vida dos jovens entrevistados, os quais via de regra, possuem índices de freqüência e satisfação muito elevados e se destacam como ambientes de referência para atividades educacionais e de cidadania. Constatou-se ainda que os jovens desenvolvem atividades diversas e com intensidades também distintas nos lugares destinados ao lazer e esporte e de errância. Entretanto, esses lugares são considerados mais ambientes de socialização (lugares de interação com outros jovens fazer amigos) do que necessariamente atividades específicas que o lugar oferece. Estes lugares não são freqüentados pela maioria dos jovens, mas os que os freqüentam mostram índices elevados de satisfação, o que nos indica a formação de territorialidades juvenis a partir dessa identificação em cada ambiente. Tais lugares são assim apropriados pelos jovens os quais atribuem fortes evidências de apego, onde os lugares de formação pessoal e social se destacam, seguidos pelos lugares lazer e esporte e por fim, os lugares de errância. As constatações desse estudo nos informam que esses jovens, mesmo tendo restrições de possibilidades, criam territorialidades com o pouco que lhes é oferecido e os transformam para verem suas necessidades socioambientais supridas.