Potencial citotóxico e antimicrobiano de plantas da reserva florestal Adolpho Ducke, Manaus-AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Carneiro, Ana Lúcia Basílio
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7066472033569093
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4388
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade citotóxica, antitumoral e antimicrobiana de espécies vegetais amazônicas da Reserva Florestal Adolpho Ducke do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). As espécies vegetais sem estudos anteriores selecionadas e coletadas foram: Diclinanona calycina Benoist, (Annonaceae), Lacmellea gracilis (Mull. Arg.) Markgr. (Apocynaceae), Pleurisanthes parviflora (Ducke) Howard (Icacinaceae), Dilkea johannesii Berb. Rodr. (Passifloraceae), Sterigmapetalum obovatum Kuhlm. (Rhizophoraceae), Elaeoluma nuda (Baehni) Aubrév. (Sapotaceae). Após coleta e extração as amostras foram avaliadas quanto a citotoxicidade frente a Artemia franciscana e em linhagens de células tumorais. O potencial antimicrobiano foi determinado pelo método de difusão em ágar frente a Mycobacterium smegmatis, Escherichia coli, Streptococcus sanguis, S. oralis, Staphylococcus aureus e Candida albicans. Extratos ativos foram conduzidos a avaliação da concentração inibitórioa mínima (CIM) e bioautografia para identificar Rfs de componentes antimicrobianos. Prospecção fitoquímica das espécies promissoras foi realizada para detecção dos principais constituintes químicos. Dos 38 extratos avaliados para toxicidade em A. franciscana, dois apresentaram valores de CL50 inferiores a 100 μg/mL, portanto, tóxicos para essa espécie. A menor CL50 foi do extrato de D. calycina obtido em clorofórmio com valor de 22,9 ± 0,8 μg/mL. No screening para atividade antitumoral, nove extratos representando quatro espécies vegetais foram considerados muito ativos (MA) frente à célula tumoral de sistema nervoso (E. nuda e S. obovatum), cólon (S. obovatum), mama (E.nuda) e leucemia (L. gracilis, P. parviflora, S. obovatum). A maioria dos 75 extratos analisados inibiram o crescimento dos microrganismos teste com halos entre 8 e 40 mm de diâmetro. Extratos de D. calycina demonstraram atividade antimicrobiana com CIM de 48,8 μg/mL frente a S. aureus, S. oralis e S. sanguis e 97,7 μg/mL e 195 μg/mL frente a M. smegmatis. L. gracilis foi ativa apenas contra M. smegmatis (CIM 48,8 μg/mL). A bioautografia confirmou o potencial antimicrobiano de D. calycina e L. gracilis. Todos os microrganismos avaliados por bioautografia foram sensíveis ao extrato de galho de D. calycina obtido em clorofórmio. Na prospecção fitoquímica detectou-se a presença de fenóis, taninos, flavonóides, alcalóides e antraquinonas, em extratos de D. calycina e antraquinonas e cumarinas na espécie L. gracilis. Assim, a seleção permitiu identificar espécies vegetais amazônicas com atividade antimicrobiana e antitumoral in vitro e sugerir as espécies D. calycina, L. gracilis, E. nuda e S. obovatum para apreciação detalhada em outros estudos, pois poderão ter aplicação terapêutica no tratamento de doenças infecciosas e câncer.