A Natureza em Ambientes da Educação Infantil em Manaus-Am
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10799 |
Resumo: | A presente pesquisa teve como tema central a natureza em ambientes da educação infantil em Manaus-Amazonas. Buscou-se investigar o ambiente escolar para verificar a presença ou ausência da natureza oferecida crianças - pressuposto básico para a construção de afinidade com o mundo natural. A pesquisa exploratório-descritiva foi realizada em três fases. Primeiramente foram conduzidas observações para mapeamento dos espaços físicos das seis escolas participantes com a finalidade de identificar a presença e os tipos de elementos naturais disponíveis. A segunda fase ocorreu por meio de entrevista semiestruturada com 12 professoras das turmas destas crianças. A terceira fase envolveu a aplicação de questionários direcionados aos pais e uma entrevista com as crianças. Participaram 62 crianças (29 meninas e 33 meninos), sendo 52 com 5 anos e 10 com 6 anos de idade. Os resultados mostraram que entre as quatro escolas públicas, duas tinham presença moderada de natureza e duas com baixa presença de natureza no ambiente externo. As duas escolas privadas apresentaram alta presença de natureza. Além de fazer esse levantamento da organização física e material de presença/ausência dos elementos da natureza, buscou-se identificar como o corpo docente se posiciona em relação à inserção da natureza na escola e nas práticas pedagógicas da educação infantil. De modo unânime, as professoras manifestaram a importância da natureza para a educação infantil, mas nas escolas públicas a ambiência pedagógica de natureza é praticamente inexistente. As atividades com as crianças se resumem ao uso de elementos naturais em atividades feitas em sala da aula. Mesmo nas escolas com presença moderada, essa natureza é mais decorativa do que ambiente educador. Em contrapartida, as escolas com alta presença de natureza possuem uma ambiência pedagógica onde a natureza é protagonista nas atividades curriculares. As professoras demonstraram graus relativamente altos de Conexão com a Natureza (CN), mas a maioria teve pouco convívio com ambientes naturais nos últimos meses. A justificativa da baixa frequência se deu pelas dificuldades socioculturais de que a natureza amazônica é de certa forma rústica e pouco acessível. Da mesma forma, os pais manifestaram a dificuldade de levar seus filhos para convivência com a natureza, onde a maioria das crianças pouco frequentam os ambientes naturais. Os pais declararam ainda que consideram que seus/suas filhos/as têm baixos graus de CN. Os resultados das análises das entrevistas, em que foram utilizados quatro conjuntos de fotos retratando díades de ambientes com maior presença e menor presença de natureza, permitiram observar maior preferência das crianças por ambientes mais estruturados e fechados para sair com pais e brincar com amigos. Na escola, no entanto, as crianças escolheram o ambiente ao ar livre como preferido para suas atividades escolares, e o uso de computadores para suas tarefas em detrimento a atividades escolares na natureza. Conclui-se que as crianças estão se distanciando da natureza, apesar de sua vivacidade e encantamento vividos em ambientes naturais. As limitadas oportunidades de convívio com a natureza contribuem para esse afastamento. Desse modo, um alerta é lançado para gestores, educadores, políticos e pais para evitar esse distanciamento e consequente déficit de convívio com a natureza que se está instalando nas crianças pequenas. Esse cenário impede a geração atual de usufruir dos benefícios próprios da convivência com a natureza e de uma atuação ambientalmente mais cuidadosa e sustentável. |