Relatos emergentes e urgentes - os profissionais de saúde de um hospital público infantil diante dos maus-tratos a crianças e adolescentes em Manaus
Ano de defesa: | 2009 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas BR UFAM Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3431 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo, analisar como a demanda dos maus-tratos à criança e ao adolescente afeta o processo de trabalho dos profissionais de saúde na produção da assistência, na produção de registro e na conformação de uma identidade profissional. O desenho metodológico utilizado é de uma abordagem qualitativa em pesquisa social, um estudo de caso, por meio de entrevistas e levantamento das ocorrências dos casos registrados na instituição e no município, sendo o campo de estudo um serviço de pronto atendimento infantil num Hospital Público de Manaus. A análise dos dados foi baseada nos princípios do método de análise de conteúdo, de Bardin (1977). A partir da análise, foram desenvolvidas as categorias: definições do tema pelos profissionais, tipos de maus-tratos conhecidos, estratégias apresentadas na identificação dos casos, marcas dos maus-tratos nos profissionais da saúde, percursos dos casos na Unidade de Saúde segundo os profissionais, barreiras nomeadas e enfrentadas no manejo dos casos, encaminhamentos e monitoramentos realizados pela unidade, formação dos profissionais, conhecimento do ECA e repercussões na ainda utópica proteção integral. Os resultados analisados apontam para uma sub-notificação, pouco encaminhamento e nenhum monitoramento dos casos de maus-tratos, que podem ser reflexos de pouca capacitação dos profissionais em identificar os casos, expressa por 100% dos entrevistados que reconheceram serem insuficientes os seus conhecimentos a respeito do ECA, e apresentaram uma descrença na resolução dos casos pelas instâncias da responsabilização, bem como a quase inexistência de políticas públicas e serviços de suporte psicossocial para encaminhar os casos encontrados, contribuindo ainda mais no aumento do nível de estresse vivenciado pelos profissionais na unidade estudada. |