Geografia e Literatura: as crônicas literárias como linguagem para o estudo do lugar e das paisagens da cidade de Manaus
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7819 |
Resumo: | Esta dissertação objetivou compreender como as crônicas literárias, enquanto linguagem, manifestam o sentido de geograficidade nos alunos do Ensino Fundamental II da Escola Municipal Arthur Engrácio da Silva - Município de Manaus, Distrito Leste. Esta compreensão consistiu em descobrir como este gênero literário relata sobre os lugares e as paisagens presentes no cotidiano dos estudantes do Ensino Fundamental. O saber geográfico sobre a cidade de Manaus a partir da utilização apenas dos conteúdos apresentados nos livros didáticos, tem sido apontado como uma das dificuldades enfrentadas por alguns professores de Geografia que anseiam aproximar e correlacionar o conhecimento sobre as cidades brasileiras à realidade presente no espaço de vivência dos alunos, tornando assim, a aprendizagem mais significativa. A partir desta inquietação, surgiu a necessidade de se buscar novas metodologias que pudessem auxiliar na construção de um saber mais sólido sobre o lugar, Manaus e suas paisagens a partir do diálogo entre Geografia e Literatura, especificamente por meio da utilização do gênero crônica. Neste sentido, o estudo foi pautado na Geografia Humanista Cultural, sendo a Fenomenologia o método de abordagem. Buscou-se descobrir a relação existente entre Geografia e Literatura para o estudo do lugar e das paisagens ao longo do tempo, bem como investigar a maneira pela qual as crônicas literárias de Milton Hatoum, Tenório Telles, Mazé Mourão, Ribamar B. Freire e do professor geógrafo José Aldemir de Oliveira abordavam sobre a cidade de Manaus e suas paisagens. O presente estudo também ousou averiguar a percepção que os alunos dos sétimos e nonos anos tinham da cidade de Manaus enquanto mundo vivido, atribuindo-lhes o papel de cronista de seu tempo. Objetivou-se também nesta pesquisa, descobrir através da produção das crônicas realizadas pelos alunos, como estes percebiam a cidade, para então buscar-se refletir sobre a possibilidade de se correlacionar os conteúdos geográficos vistos em sala de aula à sua realidade. No último capítulo, visou-se compreender como as crônicas dos escritores selecionados, poderiam conduzir os discentes a perceberem e a representarem o espaço de sua geograficidade, ou seja, o seu lugar (Manaus) e suas paisagens através da produção dos mapas mentais. Os agentes colaboradores da pesquisa, foram estudantes de duas turmas dos sétimos anos e duas turmas dos nonos anos, com idades entre 12 à 14 anos. A partir deste estudo, descobriu-se que as crônicas literárias são ricas fontes de informações geográficas para o estudo das cidades, pois além de incentivar a leitura, elas se apresentam de maneira singular e agregam valores subjetivos daqueles que as observam e as vivenciam, seja no âmbito político, social, cultural, ambiental, econômico entre outros, ao longo de suas experiências. Além de despertar nos alunos uma visão crítica da realidade, a crônica literária é também uma linguagem fulcral para o estudo de cunho geográfico, uma vez que conduz os discentes a compreenderem melhor o lugar de sua existência e a tornarem-se cidadãos mais preparados para exercerem sua cidadania e a lutarem por uma cidade melhor para se viver. |