Efeito da poda na arquitetura da planta, produtividade e qualidade de sementes de malva (Urena lobata L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Jacson Rodrigues da
Outros Autores: https://lattes.cnpq.br/8223848089609777
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Agronomia Tropical
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9909
Resumo: A malva (Urena lobata L.) é uma cultura de relevância socioeconômica no Amazonas, cultivada para produção de fibras. No entanto, o fator limitante da cadeia atualmente é a oferta do principal insumo, as sementes. Por isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de diferentes manejos de poda no crescimento (altura, diâmetro do caule e diâmetro da copa) e desenvolvimento (fenologia - crescimento vegetativo, florescimento, frutos imaturos, frutos maduros) das plantas e produtividade de sementes de malva. O delineamento experimental foi em blocos casualizados (DBC) com cinco tratamentos e quatro repetições definidos em: T1: poda em 80 cm aos 3 meses; T2: poda em 80 cm aos 3 meses e em 130 cm aos 5 meses; T3: poda em 80 cm aos 3 meses, em 100 cm aos 4 meses e em 130 cm aos 5 meses; T4: poda em 80 cm aos 3 meses, em 110 cm aos 5 meses e em 140 cm aos 6 meses; T5: poda em 80 cm aos 3 meses, em 100 cm aos 4 meses, em 120 cm aos 5 meses e em 140 cm aos 6 meses. Os resultados foram submetidos ao teste F (5%) ou Kruskal Wallis (5%) e teste Tukey ou análise de regressão. O manejo da poda afetou o crescimento das plantas reduzindo altura até os 11 meses após semeadura, o que favoreceu a mitigação do acamamento e facilitou a colheita através da redução na altura de malva. A redução aconteceu principalmente em plantas podadas até seis meses após semeadura. Também afetou o diâmetro da copa, um maior número de podas possivelmente contribuiu para a maior ramificação de brotos laterais que resultou em copa mais densa e menor, o que também pode ser uma característica vantajosa para produção de sementes. A implantação de campo de produção de sementes de malva no mês de maio, quatro meses antes da estiagem no Amazonas afetou as fases fenológicas da cultura, fazendo com que a época de semeadura seja um fator limitante para a produção de sementes de malva no Amazonas. Embora se tenha alcançado satisfatório estande de plantas, pois ainda havia pluviosidade suficiente para a germinação e crescimento inicial, o crescimento vegetativo incipiente impossibilitou a produção comercial de sementes. Isto porque, a estiagem aos quatro meses de cultivo induziu o florescimento e frutificação precoce. A poda após os seis meses do cultivo, implantado quatro meses antes do período de estiagem, elimina flores e frutos. A alta pluviosidade dos 7 aos 11 meses após a semeadura, período no qual era esperado o início do florescimento e frutificação, ocasiona retomada da fenofase de crescimento vegetativo, prolongando o ciclo da cultura. O manejo da poda até seis meses de cultivo não influencia na produtividade de sementes de malva em cultivo com ciclo prolongado (15 meses). Por isso, recomendam-se como trabalhos futuros estudos com diferente manejo de poda com semeadura no início do período chuvoso no Amazonas, incluindo poda ao final do ciclo anual para análise da condução perene da cultura da malva.