Épocas de semeadura para a cultura do milho (Zea mays L.) no estado de São Paulo, baseadas na probabilidade do atendimento hídrico em fases fenológicas críticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Alfonsi, Rogério Remo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20210104-194603/
Resumo: A cultura do milho no Estado de São Paulo tem uma importância na econômica muito grande. Cultivado praticamente em todo o Estado em épocas bem diferenciadas, tem nos pequenos produtores a maior participação na sua produção total. Com pequenas restrições em relação à ocorrência de temperaturas baixas em algumas regiões produtoras do Estado, a produtividade do milho está baseada nas condições do atendimento hídrico adequado, principalmente em suas fases fenológicas críticas. A precipitação pluvial, elemento climático da maior importância agrícola e de alta variabilidade, é a principal fonte de suprimento de água para as plantas. No Estado de São Paulo a quantidade de precipitação é suficiente para o bom desenvolvimento da cultura do milho no período chuvoso, sendo todavia, frequente a ocorrência de períodos de escassez de chuva durante os estádios fenológicos do florescimento e enchimento de grãos, resultando em perdas significativas de produção. Conhecendo-se os ciclos correspondentes aos cultivares superprecoces, precoces e tardios, foram calculadas as probabilidades da demanda hídrica “ideal”, em períodos de dez dias, nas diversas fases fenológicas da cultura do milho, para semeaduras de setembro a março, simuladas decendialmente, a partir de 01 de setembro. Para o cálculo dessas probabilidades, foi utilizada a distribuição gama reduzida, com o parâmetro de forma γ=1 (distribuição tipo jota invertido). Na indicação das melhores épocas de semeadura para os três tipos de cultivares de milho, foram adotados os períodos caracterizados pelas maiores probabilidades de atendimento da demanda hídrica ideal, através da precipitação, nas fases fenológicas críticas, diferenciando-se regionalmente as potencialidades de produção. As regiões representadas pelas localidades de Campinas, Ribeirão Preto, Mococa e Votuporanga, com distribuição tropical de chuvas, concentrada nos meses de outubro a março, apresentaram maiores probabilidades de atendimento hídrico em todo o ciclo da cultura do milho, do que as regiões representadas pelas localidades de Assis e Capão Bonito, para as épocas tradicionais de semeadura, de outubro a dezembro. Esses resultados se invertem quando da análise das épocas de semeadura simuladas para o período de janeiro a março, demonstrando maiores potencialidades de produção para o milho “safrinha”, em função do atendimento hídrico, para a região do Vale do Paranapanema.