Aṣọ òrìṣà: artífices do candomblé ketu em Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Glacy Ane Araújo de Souza dos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7306147920165058, https://orcid.org/0000-0003-0401-3186
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8973
Resumo: A presente tese tem por objetivo compreender o significado da narrativa estética de artífices do candomblé de nação ketu na produção de aṣọ òrìṣà (vestimentas de santo) e de objetos sagrados do candomblé da cidade de Manaus, especialmente òrìṣà òsó (paramentas de santo) e ìlẹ̀kẹ̀ (fios de conta). A hipótese apresentada é de que o àṣẹ Opô Afonjá (Salvador/BA) por meio do àṣẹ Opô Ajagunnán (Lauro de Freitas/BA) tem motivado maiores mudanças bem como concentrado maior número de adeptos na cidade de Manaus, o que contribuiu consideravelmente na última década na produção de aṣọ (vestimentas) diferenciados e apetrechos que ornamentam ancestrais divinizados do panteão africano. Os agentes sociais da pesquisa, aos quais denomino de artífices do àṣẹ, foram selecionados nas cidades de Manaus, Lauro de Freitas e Salvador. Para isso se fez necessária a contribuição dos próprios praticantes candomblecistas dessas cidades na indicação dos “fazedores da arte sagrada” com o fim de fornecer informações e presentificar memórias do candomblé. Categorias como gosto, técnica, trabalho aparecem por toda dimensão do texto, especialmente na parte final em que analiso a produção simbólica de artefatos sagrados desenvolvidos por artífices do àṣẹ manauara. Em grande medida, se trata de um texto antropológico constituído de memórias da ancestralidade e de artes empreendidas dentro e fora dos terreiros de candomblé de Manaus.