Festejos de Santo Antônio do bairro da Terra Preta (Manacapuru-Am)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fernandes, Urçula Regina Vieira
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0741631760205369
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5637
Resumo: A proposta deste trabalho é analisar os Festejos de Santo Antônio do bairro da Terra Preta em Manacapuru, destacando a singularidade da estruturação do evento, com músicas, instrumentos, organizadores e cerimônias próprias que inserem esta festa na configuração da cultura popular. Na esteira desta inserção, Santo Antônio tornou-se um signo, sendo celebrado como casamenteiro, guerreiro e deparador, dentre os diversos atributos a ele destinados. Estes atributos foram construídos graças a sua trajetória pessoal e de religioso atuante, assim como difundidos simbolicamente em momentos importantes da história do país e da região Amazônica. E hoje este signo está presente em diversas manifestações do catolicismo popular no Brasil, tal como em Manacapuru. Graças às particularidades e as histórias destes festejos, realizamos uma etnografia, resultante da observação participante e das inúmeras conversas e relatos com os moradores da cidade e com os organizadores do evento e constatamos que pagar promessa e cumprir com a obrigação são os termos centrais para a realização da festa, mas que também revelam toda a rede de relações de parentesco que forma um sistema mantido por alianças e tensões, associado ao tema da guerra e da paz que envolve a simbologia do santo; do mesmo modo que a origem da festa está relacionada à Guerra da Cabanagem e aos inúmeros obstáculos da vida moderna que se convertem em guerras diárias vividas pelos promesseiros, no atual contexto da cidade.