Atingidos pelo Gasoduto Coari-Manaus: o (re) significado com o lugar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: http://lattes.cnpq.br/0070062402670921
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6460
Resumo: A exploração de recursos do petróleo na Província Petrolífera de Urucu ocorre numa das áreas consideradas como um dos últimos ―Eldorados‖ ambientais do mundo, a floresta amazônica. Assim, o município de Coari-AM, devido às demandas das atividades petrolíferas, vem sofrendo, desde a década de 1990, transformações ambientais significativas, sobretudo, as Comunidades Ribeirinhas de Várzea, situadas nas imediações do empreendimento estatal. Reconhece-se a relevância econômica do gasoduto Coari-Manaus para o país, entretanto, o ônus desse megaempreendimento tem recaído sobre as populações rurais, de modo a comprometer as possibilidades de reprodução da vida material e simbólica, sem que haja melhorias reais em sua qualidade de vida. O objetivo principal da pesquisa foi compreender, a partir da percepção dos Ribeirinhos de Várzea da Comunidade Esperança II, atingidos pelo Gasoduto Coari-Manaus, como eles mantêm ou (re) significam sua relação afetiva, existencial e de pertencimento com seus lugares. Para isto, foi necessário situar a exploração de hidrocarbonetos em Coari frente à modernidade líquida, e, também, realizar a descrição do modus vivendi dos ribeirinhos para, enfim, entender as transformações do habitus na percepção deles, as quais revelaram diversas paisagens do medo. Estas paisagens para os ribeirinhos representaram a introdução de dinâmicas socioambientais em suas vidas como jamais haviam vivenciado antes. Nesta tese empregou-se os métodos fenomenológico e o materialismo histórico-dialético, os quais serviram para dar sustentação à proposta de pesquisa. Usou-se também dois caminhos metodológicos: a etnografia e a percepção. Quanto às técnicas utilizou-se entrevistas semiestruturadas, formulários e levantamento iconográfico. Os resultados obtidos com a aplicação da metodologia proposta permitiram concluir que apesar dos impactos ambientais, os ribeirinhos estabelecem uma relação de afetividade profunda com a várzea e todos os habitats (terra, água e floresta), que não foram totalmente corrompidos pelas atividades de exploração de hidrocarbonetos.