Estado funcional, qualidade de vida e função pulmonar de pessoas vivendo com HIV com sequelas de COVID-19 após 2 anos de doença aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Anna Gabriela Rezende dos
Outros Autores: https://lattes.cnpq.br/9805915466641707, https://orcid.org/0000-0001-8936-2646
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10029
Resumo: Introdução: Os indivíduos acometidos por COVID-19 podem apresentar sequelas que limitam suas atividades de vida diária e capacidade funcional geral. As coinfecções envolvendo COVID-19 podem envolver características peculiares e merecem atenção. Uma das condições mais relevantes, que vem impactando o mundo há décadas com altos índices de infecção e morbimortalidade, é a infecção pelo HIV/AIDS, cuja associação entre grau de imunossupressão, status virológico, medicamentoso e aspectos funcionais, respiratórios e de qualidade de vida ainda carecem de investigações aprofundadas. Objetivos: Avaliar as alterações funcionais apresentadas por indivíduos que vivem ou não com HIV, acometidos pela COVID-19. Métodos: Estudo transversal comparativo onde indivíduos adultos de ambos os sexos foram avaliados quanto à capacidade funcional e respiratória. Foram incluídos indivíduos que vivem ou não com HIV, acometidos pela Covid-19. Resultados: Testes de função pulmonar e teste de caminhada de seis minutos (TC6) foram realizados em 63 indivíduos adultos: Covid-HIV n=12; COVID-19 leve/moderada n=33; COVID-19 grave, n=18. O tempo entre a COVID-19 aguda e as avaliações funcionais ocorreu em média 24±5 meses a partir do primeiro diagnóstico de COVID-19. O grupo Covid-HIV incluiu pacientes com pelo menos 6 meses de adesão à TARV, com níveis médios de CD4 de 768±240 células/mm3, carga viral indetectável (<40 células/mL), sem história ou doenças pulmonares prévias e tempo médio de infecção pelo HIV de 8±5 anos. Sexo masculino foi predominante entre os grupos. O IMC foi 25±3, 28±4 e 32±7 kg/m2 em Covid-HIV, Covid-Leve e Covid-Grave, respectivamente (p=0,003). O grupo Covid-HIV caminhou 545m (±93) no TC6, o que foi semelhante ao grupo Covid-Leve (555m±63), mas significativamente maior que o grupo Covid-Grave (435m±84) (p<0,0001). O grupo Covid-HIV apresentou pior volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1, 2,6±0,7 L/s) (p=0,038), capacidade vital forçada (CVF%, 83±11) (p=0,002) e VEF1/CVF (0,80). ±0,1, p=0,004) quando comparado ao grupo Covid-Grave. Conclusão: Pessoas vivendo com HIV/AIDS apresentaram pior função pulmonar em comparação com indivíduos sem HIV que tiveram Covid grave e apresentaram resposta semelhante ao TC6 de indivíduos que tiveram Covid moderada/leve.