Teolinda Gersão e os campos de poder em A cidade de Ulisses

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pereira, Catarina Lemes
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1371955975231411
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7850
Resumo: O presente estudo dispôs-se a analisar o romance A Cidade de Ulisses de Teolinda Gersão. Verificou-se que, por meio de uma retomada memorialística empreendida pelo protagonista Paulo Vaz, artista plástico de prestígio, a escritora problematiza a perpetuação de falas e comportamentos patriarcais na segunda metade do sécilo XX. Em meio aos eventos que se desenrolam na trama, evidenciou-se que estes permanecem renovados por conta das relações de poder atuantes. Importou, neste contexto, compreender a voz da autora Gersão como intelectual que, coerentemente, problematiza o lugar pelos membros da sociedade, a partir das relações vividas. Para tanto, o principal teórico escolhido foi Pierre Bourdieu cuja ideia central na obra As Regras da Arte, sobre a objetificação do texto literário consiste na metodologia aqui aplicada. Somaram-se a este teórico outros pensadores, como Mikhail Bakhtin, Michelle Perrot, Jacques Le Goff, os quais, com distintas perspectivas, colaboraram para uma compreensão mais completa das discussões propostas. Assim, por meio da representação de diferentes perfis de artistas plásticos, infere-se que a autora constrói reflexões críticas que evidenciam a sua própria força como artista das palavras.