Um olhar sociolinguístico sobre o falar de Cutipanã, município de Nhamundá (AM)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, João da Saúde Costa
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2672674479036706
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8017
Resumo: As dimensões continentais do território brasileiro, aliadas à formação miscigenada de seu povo, são elementos relevantes na constituição multifacetária da variedade linguística do Português Brasileiro — PB. Para Labov (2008), todas as formas orais praticadas por falantes de qualquer região, grupo social, ou pequenas comunidades são objetos de estudo da Sociolinguística, mesmo que, dentro de uma mesma comunidade linguística, nem todos os membros falem exatamente a mesma língua, e a homogeneidade seja uma ficção (LYONS, 2013). Esse enfoque teórico-metodológico norteia os estudos dos fenômenos linguísticos variáveis praticados na comunidade de fala denominada Cutipanã, localizada no município de Nhamundá, no Amazonas. Este trabalho apresenta um estudo variacionista dos fatores linguísticos fonéticosfonológicos encontrados nos seguintes fenômenos: alçamento da vogal /o/ em posição átona final e em posição tônica, monotongação, ditongação, supressão em verbo e em nome, vocalização e nasalação, levando em conta os fatores extralinguísticos idade, sexo e escolaridade (MONTEIRO, 2000). Buscamos identificar se esses fenômenos e fatores apontam para tendências de manutenção ou de mudança de expressões conservadoras e quais contextos linguísticos e extralinguísticos favorecem ou inibem esse processo de variação (MOLLICA; BRAGA, 2003). Para a coleta do corpus, foram realizados os seguintes procedimentos: entrevistas, com gravação de áudio junto a informantes que ali vivem desde o seu nascimento, e aplicação de dois questionários fechados — o Fonético-Fonológico (QFF) e o Semântico-Lexical (QSL). Dessa forma, estudamos os metaplasmos, “indicadores de uma forma que não é normal, mas é admissível, e os que a empregam, ou a encontram, logo a associam à forma normal” (CÂMARA JR., 2011, p. 206). Os informantes foram divididos em células de acordo com as variáveis: sexo (homens e mulheres), faixa etária (11 a 24, 25 a 49 e 50 a 91 anos de idade) e grau de escolaridade (1º ano até o 7º ano do Ensino Fundamental e do 8º ano ao Ensino Médio completo), conforme Cezario e Votre (2012). Após o levantamento e a análise dos dados, os resultados da pesquisa foram apresentados na conclusão deste trabalho.