Festival de teatro da Amazônia: atividade mimética em cena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Araújo, Fabiene Moraes
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8097731600827972
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6846
Resumo: Dentre todas as espécies do reino animal, não há uma a não ser os humanos, a representarem e interpretarem o que os humanos fazem, desenvolvem, comportam-se e agem. Diante da reflexão feita por Norbert Elias, constata-se que o Festival de Teatro da Amazônia - FTA é realizado por indivíduos – (homens e mulheres) para outros indivíduos. Essa é uma função que o FTA desempenha e a qual o sustenta. Pôs há de entender a premissa primária: aquele que representa é antes de tudo, numa perspectiva da sociologia figuracional de Norbet Elias (1980), um indivíduo social. Desde que representa. Despertando, estimulando o trio das emoções (Elias e Dunning, 1992), amor, ódio, medo através do drama, comédia e outras linguagens cênicas utilizadas nas produções teatrais encenadas no FTA. O Festival se caracteriza não somente pelas apresentações artísticas, mas também pelo intercâmbio cultural entre os fazedores de teatro local, pelo seu caráter de formação através da realização de oficinas e debates sobre os espetáculos envolvendo artistas, produtores, público e, o mais importante, o envolvimento de toda a comunidade. A pesquisa tem como objetivo fazer um estudo sobre o Festival de Teatro da Amazônia – FTA, a partir de suas práticas e representações, destacando como o poder é representado dentro dessas práticas. Busca por meio de pesquisa bibliográfica e documental, relacionar as edições do Festival, nos anos 2004 a 2016, e verificar as relações de interpendências estabelecidas no processo de organização e produção do evento, bem como, analisar a configuração dos grupos participantes, atores, diretores e profissionais das artes cênicas no que tange as relações sociais dos indivíduos envolvidos no Festival, não somente como sociedade civil organizada, mas também a participação do Estado como o provedor financeiro na realização. DUNNING (1992) revela que configuração “refere-se à teia de relações de indivíduos interdependentes que se encontram ligados entre si a vários níveis e de diversas maneiras”. É exatamente a partir da relação entre essas pessoas que ELIAS (1980) desenvolve o conceito de poder, o relacionando com a interdependência entre as pessoas. O poder para Elias, então “constitui um elemento integral de todas as relações humanas”. ELIAS (1980) observa que o conceito de configuração pode ser aplicado tanto em sociedades formadas por um número infinito de pessoas quanto para grupos relativamente pequenos. Entretanto o autor explica que quanto maior a configuração maior será os elos entre os presentes. Nesse sentido, pensar no FTA é entender a figuração que o constitui e a grande rede que pode atingir.