Narrativas da Comunidade Quilombola da Praça 14 de Janeiro: um estudo sociolinguístico
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8016 |
Resumo: | Os estudos sobre a cultura afro-brasileira foram estabelecidos pela Lei 10.639/2003 que incluiu o tema no currículo oficial das escolas brasileiras, por isso, todo e qualquer estudo referente ao assunto é de suma importância para a educação brasileira, visto que o negro é um dos elementos constituidores e uma mão de obra relevante para o desenvolvimento desta nação. Na Amazônia, a presença do negro é menos significativa, se comparada às outras regiões brasileiras. Diante disso, este trabalho teve como objetivo analisar as narrativas dos residentes em um quilombo remanescente, situado na Praça 14 de Janeiro, em Manaus – Amazonas, denominado Comunidade do Barranco de São Benedito, tendo como participantes 06 descendentes de uma ex-escrava vinda do Maranhão. E ainda, analisar as narrativas de experiência pessoal dos remanescentes da ex-escrava vinda do Maranhão e se haveria, na fala desses descendentes e ou remanescentes, traços linguísticos dos antecessores. A pesquisa teve como objetivo específico o de investigar o caminho que os negros fizeram para chegar à cidade de Manaus. A metodologia adotada foi a de entrevistas, com coletas de narrativas, gravadas em áudio, além de um questionário de perfil, obtendo os dados necessários à pesquisa. Assim como, os documentos históricos acerca, dos residentes, os quais são certificados como quilombolas remanescentes da ex-escrava vinda do Maranhão. Portanto, é a história de descendentes e ou remanescentes: netos, bisnetos e tataranetos. O aporte teórico teve como base os autores: Reis e Silva (1989), Ituassú (1991), Reis (2003), Arruti (2006), Santos (2009), Funes (2009), Sampaio (2011), Melo (2012), Santos e Souza (2013) e Cavalcante (2015) que discutem o caminho dos negros ao Amazonas e como também as narrativas orais como elementos de continuação da memória das comunidades de fala com base em Vansina (1965), Labov, Waletzy (1967), Labov (1972, 2009), Halbwachs (1990), Bruner (1991), Moita Lopes (2001), Hall (2006), Barthes et.al (2008), Ferreira Netto (2008), Oliveira (2015). Os resultados indicaram que princípios norteiam a ausência de traços linguísticos dos antecessores, na fala dos descendentes da comunidade quilombola estudada. Evidenciou-se, também, que eles seguem a direção dos mais escolarizados de áreas urbanas. Ou seja, valorizando a norma urbana culta da língua padrão, não adquirida de seus ancestrais. Ao final do trabalho, sugerimos possíveis análises provenientes desta pesquisa e sugestões de trabalhos futuros sobre o tema. |