Análise espacial das taxas de incidência de hepatites virais no Amazonas, Brasil, período de 2008 a 2018
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Enfermagem Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7881 |
Resumo: | Introdução: as hepatites virais são um sério problema de saúde pública que populações em todo mundo enfrentam. Suas taxas de morbimortalidade impactam nos sistemas de saúde e geram um grande desgaste econômico afetando, principalmente, pessoas em vulnerabilidade social. Objetivo: analisar a distribuição espacial e temporal das taxas de incidência de Hepatite A, B, C e D no estado do Amazonas, no período de 2008 a 2018. Método: trata-se de um estudo ecológico e transversal com dados provindos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação concedidos pela Fundação de Vigilância em Saúde do estado do Amazonas. Tendo por unidade de área o estado e os municípios e por unidade tempo o ano. Foram feitos os cálculos das taxas de incidência bruta, empírica bayesiana, incidência suavizada, índice de Moran Global e Local, e utilizados os softwares Microsoft Excel 2016 para armazenamentos e organização dos dados, GeoDa versão 1.8.12 para a estatística espacial e QGIS 3.0 para elaboração dos mapas temáticos. Resultados: foram inseridos no estudo 6.357 casos de hepatites A, dos quais a maioria foram diagnosticados de forma laboratorial 5.606 (88,1%), sexo masculino 3.525 (55,5%), zona urbana 3.608 (56,8%), faixa-etária 5-14 anos 3.585 (56,4%), institucionalizados em escolas 1.196 (18,8%), pardos 4.565 (71,8%), ensino fundamental incompleto 1.740 (27,4%), não vacinados para HAV 3.452 (54,3%) e provável fonte de infeção água e alimentos contaminados 3.081 (48,5%). Em relação as hepatites B e D, foram inseridos no estudo 10.620 casos, dos quais 1.301 eram de hepatite D, em relação ao perfil dos indivíduos mais afetados, a maioria foram diagnosticados de forma laboratorial 9.153 (86,1%), na forma crônica 7.228 (68,1%), sexo masculino 5.512 (51,9%), zona rural 5.836 (55%), faixa-etária 20-39 anos 5.301 (59,9%), pardos 8.052 (75,8%), ensino fundamental incompleto 2.499 (23,5%), vacinados/vacinados incompletos para hepatite B 3.098 (29,2%) e provável fonte de infeção sexual 712 (16,1%). Por sua vez, foram notificados 3.275 de hepatite C, sendo a maioria diagnosticados de forma laboratorial 3.251 (99,2%), forma crônica 2.800 (85,5%), sexo masculino 1.683 (51,4%), zona urbana 2.943 (89,9%), faixa-etária 40-50 anos 1.608 (69,6%), pardos 2.696 (82,3%), ensino fundamental incompleto 464 (14,2%) e provável fonte de infeção sexual 181 (5,5%). O índice de Moran global foi positivo e significativo (p≤0,05) em todos os anos para todas as formas de hepatites. O Moran local identificou que, entre os municípios que apresentaram uma incidência considerada preocupante para as hepatites A, B e D, a maioria pertenciam as regiões de saúde do Purus, Rio Negro/ Solimões, Triângulo Jutaí/ Solimões/Juruá e Alto Rio Negro. Por sua vez, a hepatite C afetou mais as regionais do Purus, Centro Regional e Rio Negro/Solimões. Conclusão: Supõe-se que as hepatites virais afetam, principalmente, indivíduos em vulnerabilidade social e econômica, residentes em municípios de fronteiras, localizados as margens dos principais rios amazônicos e próximos de grandes centros urbanos. |