Atingidos por barragens: conflitos socioambientais no Rio Madeira
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Museu Amazônico Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Antropologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4050 |
Resumo: | Projetar grandes obras na Amazônia nunca deixou de ser uma pretensão governista. Desde a década de 60, temos visto uma sucessão de investimentos em infraestrutura, sendo erguidos nos mais inimagináveis lugares da região. A instalação de tais monumentos afetaram/afetam variados aspectos da vida de povos e comunidades tradicionais, acirrando os conflitos sociais locais. A implantação do "Complexo Madeira" representa mais um marco na história dos povos e comunidades tradicionais ao gerar processos de deslocamento compulsório e desagregação de unidades organizativas para dar passagem a ações “integracionistas”. Os atingidos focalizados nesta pesquisa têm travado uma luta pelo reconhecimento de seus direitos, relacionados a diversas questões, sobretudo, à existência coletiva enquanto atingidos pelo projeto hidrelétrico “Complexo Madeira”. Destaco nesta pesquisa várias situações conflituosas, tendo como marco dos acontecimentos, os anos de 2011 a 2014. Durante este período as situações de conflito social têm se aguçado. A luta dos atingidos pelas hidrelétricas tem se dado pela manutenção de seus territórios, pelo reconhecimento de seus direitos, pela garantia de seu modo de vida e pelas práticas através das quais construíram socialmente suas concepções e formas de relacionar-se. Considerando as disputas e imposições, parto da compreensão de como tais agentes sociais têm reagido a todas as investidas que priorizam a instauração de uma infraestrutura que beneficia a coalizão de interesses entre “empresas privadas e governos”; levando em conta que essa associação nega o reconhecimento dos agentes sociais e de seus direitos sobre os territórios historicamente ocupados no rio Madeira. |