A (re)organização do território e bem viver para os povos indígenas do Alto Rio Negro: da maloca à cidade
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7390 |
Resumo: | O território indígena originário tinha uma organização espacial conforme a organização política própria dos diversos povos indígenas que foi modificado a partir do contato com a sociedade ocidental. A influência do processo colonizador e civilizatório impôs a estes povos, outras culturas e princípios sociais e territoriais que os levaram a desestruturação de suas relações sociais e políticas. Dentre elas está a maloca, o centro do convívio, de manutenção e perpetuação dos valores culturais, sociais que orientava de certo modo, a vida destes povos. O objetivo desta pesquisa foi compreender a (re) organização do território indígena da maloca a cidade e sua relação com o bem viver. Os aportes teóricos da pesquisa estão centrados nas concepções de maloca, aldeia, comunidade, bem viver, território indígena, território indígena urbano. Tem como linha metodológica a pesquisa participante, com realização de pesquisa de campo e para elaboração do mapeamento participante. Com a destruição da maloca pelos missionários parte das práticas culturais foram proibidas e muitos códigos e signos culturais caíram no esquecimento/perda por influência do cristianismo. Após a chegada dos colonizadores e missionários, a maloca que era um espaço cultural e ao mesmo tempo territorial, foi substituída por uma outra forma de organização territorial, a aldeia, que posteriormente passou a ser denominada de comunidade. Outro fator que foi levado em consideração foi a migração de alguns povos para as cidades que acabam ocupando territórios que formam ou lembram os seus territórios originários e continuam mantendo relações sociais, políticas e econômicas com estes transformando-os no que são denominados preliminarmente em territórios indígenas urbanos. Por meio da pesquisa participante foi possível desmistificar o conceito de território e demonstrar a resistência cultural a partir da (re) organização territorial bem como as relações com o Bem Viver, demonstradas nas pequenas comunidades criadas de forma espontâneas e outras de forma mista, porém diferentes das organizadas pela imposição das missões. A organização social, cultural e política da maloca, mesmo que sendo reconstruída com uma nova configuração espacial e territorial, vem fortalecer a identidade dos povos ao mesmo tempo em que contribui para valorizar os conhecimentos e epistemologias próprias que foram desvalorizados pela sociedade ocidental. Palavras chaves: Espaço, Território Indígena, Maloca, Aldeia, Cidade, Bem viver. |