Procrastinação acadêmica em universitários e relações com projeto de vida, ansiedade, depressão, estresse e regulação emocional
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10442 |
Resumo: | A procrastinação acadêmica (PA) se refere ao atraso intencional em iniciar ou concluir tarefas acadêmicas importantes, sendo observada como um fenômeno crescente entre estudantes. Se objetivou investigar a relação entre a PA, Ansiedade, Depressão, Estresse, Regulação Emocional e Projetos de Vida entre universitários. A amostra é composta por 448 participantes, em sua maioria mulheres (79%), com média de idade de 23,5 anos (DP = 6,2), estudantes de universidades públicas (n = 207), e de cursos de Ciências Humanas (n = 270). Foram realizadas coletas de dados de forma virtual e presencial. Os participantes responderam à Escala de Procrastinação Acadêmica, à Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21), ao Questionário de Regulação Emocional e à Escala de Projetos de Vida. A análise de invariância de medidas revelou que os instrumentos foram invariantes entre ambas as formas de coleta, o que valida o uso de métodos de coleta on line em pesquisas com universitários. A análise de correlação de Spearman mostrou que sintomas de ansiedade (rho = 0,29; p < 0,001) e estresse (rho = 0,26; p < 0,001) apresentaram correlações positivas e fracas com a PA, enquanto a depressão demonstrou uma correlação positiva e moderada (rho = 0,41; p < 0,001). A reavaliação cognitiva, fator da regulação emocional, apresentou uma correlação negativa e fraca com a PA (rho = -0,16; p < 0,001). Entre os fatores de projetos de vida, a identificação apresentou correlação negativa e fraca (rho = -0,29; p < 0,001), e o envolvimento, correlação negativa e moderada (rho = -0,39; p < 0,001). A partir do teste de regressão linear simples, observou-se que a idade dos estudantes possui correlação negativa com a PA (β = -0,03 [-0,04 - -0,01]; p < 0,001). Com base nesses dados, foram testados dois Modelos de Equações Estruturais (MEE), o primeiro com a depressão e o segundo com a ansiedade como variáveis exógenas. Nessa análise, se evidenciou que o envolvimento prediz a PA negativamente e é um fator protetivo para esse comportamento. Se observou que a depressão e a ansiedade predizem o comportamento procrastinador; no entanto, a depressão é um preditor mais robusto, pois o efeito global da ansiedade na procrastinação não foi significativo. Esses resultados sugerem que estudantes com sintomas depressivos têm maior propensão a procrastinar em comparação com aqueles que apresentam apenas sintomas ansiosos. Além disso, estudantes envolvidos e engajados com as atividades tendem a procrastinar menos. Os resultados colaboram com lacunas teóricas e implicações práticas, indicando que intervenções focadas no engajamento acadêmico, clareza de projetos de vida, aliadas a suporte psicológico e educacional, podem ser eficazes na redução da PA, na promoção de qualidade de vida, melhor desempenho acadêmico e profissional. O presente estudo se situa na Linha de Pesquisa Processos Psicológicos e Saúde e está vinculado ao projeto de pesquisa Processos Avaliativos para Orientações e Intervenções em Contexto Amazônico. |