“Minha mãe era negra, meu pai branco, nós morenos”: relatos biográficos de descendentes de barbadianos no Amazonas
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Antropologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9598 |
Resumo: | O início do século XX foi marcado por intensa mobilidade humana, período de grandes migrações. Nesse momento o Brasil recebeu imigrantes de diversos países, dentre eles Barbados, Ilha do Caribe Britânico. Para narrar este momento esta tese se inscreveu na interseção das ciências humanas e sociais, que dialogam entre si e são enriquecidas mutuamente dentro de um tópico que se vincula à mobilidade humana. Por meio das quais discuto o que aqui se apresenta em uma posição de fronteira entre esses campos de conhecimentos, onde debato a temática das imigrações, identidades e relatos biográficos com pesquisadores da história e das migrações caribenhas. Os imigrantes barbadianos chegaram ao Brasil no final do século XIX e início do século XX, como trabalhadores contratados por empresas estrangeiras que atuavam em território brasileiro, originários da ilha caribenha de Barbados. A maioria deles foram contratados para trabalhar na construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho (RO), porém ao final das obras dessa ferrovia alguns deles permaneceram em Porto Velho, enquanto outros destinaram-se para Manaus e Belém. As fontes dessa tese foram entrevistas com representantes de famílias descendentes de barbadianas, somando-se a elas fiz a leitura e análise de documentos para compor a parte histórica da tese. Devido ao distanciamento social provocado pela pandemia de Covid-19, apliquei o uso de metodologia chamada de netnografia, pois parte das entrevistas foram obtidas por meio das Redes Sociais. Após o campo, analisei as entrevistas e documentos, o que permitiu concluir que os descendentes de barbadianos que vivem em Manaus estão vivenciando um momento de retornos às origens, buscando compreender a formação de suas identidades étnicos-culturais. |