"Há esperança na rua da amargura?": população em situação de rua na cidade de Manaus
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7844 |
Resumo: | A presença cada vez mais notória de pessoas habitando as ruas das capitais brasileiras é uma realidade que vem chamando atenção e que não pode ser desassociada das mudanças intensas no mundo do trabalho e no âmbito do Estado. Neste cenário, estão as pessoas que vivem nas ruas e que, destituídas do que confere dignidade ao ser humano, como trabalho, casa, família, procuram no espaço público preencher as lacunas que lhes foram outorgadas, seja pelo sistema social excludente ou por uma trajetória existencial de vicissitudes. Assim, esta pesquisa tem como objetivo analisar a situação de rua como expressão da questão social na cidade de Manaus e as ações da política de assistência social desenvolvidas ao seu enfrentamento, buscando investigar a trajetória social das pessoas até a situação de rua e suas estratégias de sobrevivência, bem como conhecer as ações da política de assistência ofertadas pelas instituições públicas e religiosas, na perspectiva dos usuários e coordenadores. Os procedimentos metodológicos compreenderam três fases, interligadas entre si: primeiro, a revisão bibliográfica sobre as categorias centrais da pesquisa; segundo, a pesquisa de campo, que compreendeu a aplicação de formulários com perguntas abertas e fechadas às pessoas em situação de rua e roteiro de entrevista com os coordenadores das instituições e, terceiro, a sistematização e análise dos dados coletados à luz do paradigma dialético. Os resultados da pesquisa apontaram que Manaus não se diferencia de outras capitais, dado o número expressivo de pessoas habitando suas ruas. Nelas, desenvolvem novas relações sociais, estratégias de sobrevivência e permanecem por motivos que vão desde o desemprego, depressão, conflitos familiares, uso de álcool/drogas, sendo que este último se sobressai, e, apesar das respostas institucionais, evidenciou-se, a partir da perspectiva dos coordenadores, que há certas fraturas na articulação da rede que compõe as ações da politica de assistência, o que se constitui como desafio no enfretamento desta expressão da questão social. |