Uma sociologia da subjetivação: a sociologia de Max Weber e a literatura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Marcelo Souto da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5459841935431739
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
BR
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3382
Resumo: Analisa as possibilidades de diálogo entre literatura, em obras escolhidas de Fiódor Dostoiévski, Franz Kafka e Thomas Mann, e a sociologia de Max Weber. O diálogo existente entre poetas, literatos e cientistas sociais na Alemanha e na França do século XIX ratifica a possibilidade desta análise. A conjuntura social que desenvolvia-se na Europa naquele período direcionou o olhar tanto do campo de produção literário quanto do científico para questões comuns. Busca demonstrar que a sociologia Weberiana, com todos os seus elementos peculiares pode ser posta como um referencial para estudo das obras. Pelo caráter subjetivo dos textos literários e das múltiplas possibilidades de interpretação, teve-se o cuidado metodológico de executar tanto uma análise sociológica da literatura, que leva em consideração o contexto na qual tais obras foram produzidas quanto uma análise sociológica do discurso literário, na qual a especificidade do texto passa a ganhar um realce tão importante quanto o contexto e o equilíbrio entre ambos, texto e contexto, passa a definir o rumo da análise. As obras de Dostoiévski, com sua estrutura textual polifônica, aproximam-se da perspectiva metodológica para a leitura da realidade desenvolvida por Max Weber, bem como tratam de temáticas comuns, como religião e as conseqüências do capitalismo. Em Kafka, a relação construiu-se em torno de temas recorrentes também para Weber, como a questão das leis e da burocracia. Por fim, Thomas Mann demonstrou a possibilidade de uma sociologia da arte proposta por Max Weber, na qual o autor trabalha o processo de autonomização da esfera estética e as implicações na criação artística, colocada literariamente por Thomas Mann através dos conflitos vivenciados por seus protagonistas. O estudo comprovou que os elementos comuns à sociologia podem e devem ser utilizados como um recurso para a realização de uma análise de obras literárias