A relação entre o modelo Zona Franca em Manaus-AM e as questões climáticas: período de 1958 a 2017

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Reis, Roseane Rodrigues
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7857944791598218
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7364
Resumo: O objetivo geral deste trabalho foi analisar a influência da Zona Franca e suas consequências sobre o clima de Manaus a partir das características dos elementos climáticos (precipitação pluvial e temperatura do ar) no período de 1958 a 2017. Foram coletados dados secundários de precipitação e temperatura do período de 1958 a 2017 do INMET/BDMEP, do Anuário Estatístico do IBGE de 1959 a 1961 e dissertação de Aguiar (1995); dados de população do IBGE de 1950 a 2010 e estimativa de 2017 e imagens de satélite do INPE de 1972 a 2017, os quais foram submetidos à análise temporal e estatística. Os resultados mostraram que os totais de precipitação anual tiveram muitas oscilações no decorrer na série de dados, onde foi possível observar anos em que os totais acumulados não chegaram a 2000 mm anuais e anos que os totais ultrapassaram os 3000 mm anuais. O teste de Mann-Kendall não identificou tendência significativa para os totais anuais e mensais. A análise de relação com a TSM do Pacífico apontou relação negativa moderada (r = -0,58), a relação com a expansão da área urbana apontou relação negativa moderada (r= 0,46), mas sem significância. O teste de Mann-Kendall apontou tendência negativa, ou seja, redução do número de dias de chuvas anuais no decorrer da série temporal (Z = -2,39). A análise de relação com a TSM identificou relação negativa fraca (r= -0,37) e com a expansão da área urbana, o coeficiente apontou relação negativa fraca (r= -0,12) sem significância. Os resultados mais significativos corresponderam às séries históricas de temperatura média compensada, média máxima e média mínima anual. O teste de Mann-Kendall apontou tendências positivas bastantes significativas tanto para as médias (compensadas, máximas e mínimas) anuais (Z > 4,0) quanto para as médias mensais (Z > 2,0), ou seja, aumento das temperaturas no decorrer dos 60 anos de dados. As análises de correlação com a TSM não identificaram relação significativa para nenhuma das temperaturas. Entretanto, as análises de correlação entre as temperaturas e a expansão da área urbana mostrou relação positiva forte com significância para temperatura média das máximas (r= 0,83). Recomenda-se o enfrentamento e a continuidade de estudos do clima cada vez mais aprofundados que consigam responder de forma mais precisa e consistente as questões atribuídas ao clima da região amazônica que ainda é bastante complexa