Análise da biodiversidade microbiana em ambiente aquático com despejo contínuo de efluentes de hidrocarbonetos
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4304 |
Resumo: | Na região Amazônica, a Província Petrolífera de Urucu (Petrobras) realiza o despejo de efluentes de hidrocarbonetos em ambientes aquáticos ao redor, desde o início de suas operações. O objetivo deste trabalho foi analisar a biodiversidade bacteriana presente no dique de efluentes e no igarapé antes e depois do despejo de efluentes. Foi realizado um estudo em duas etapas, aplicando técnicas moleculares independentes de cultivo. O DNA genômico total das amostras de sedimento e água foi extraído e usado como molde em uma reação de PCR utilizando oligonucleotídeos específicos do gene 16S rRNA para o domínio Bactéria. O produto de PCR foi amplificado e pirosequenciado, e as sequências geradas foram analisadas pelo programa livre Mothur. As medidas dos parâmetros físico-químicos e cromatográficos estão dentro dos valores estabelecidos para os tipos de corpos de água analisados. Na primeira etapa do estudo, os perfis taxonômicos das amostras mostraram que o filo Proteobacteria foi o mais abundante com a classe Deltaproteobacteria e gênero conhecido o Candidatus Solibacter. Assim mesmo, na segunda etapa do estudo, o filo Proteobacteria foi o mais abundante; porém, com a classe Alphaproteobacteria e o gênero Geobacter como predominante. Ambos gêneros são catalogados como biorremediadores de ambientes contaminados, assim como 14% dos gêneros totais. Uma grande parte de microrganismos foram considerados “Não Classificados” (até 30%). Na primeira etapa do estudo a riqueza e diversidade de espécies no Igarapé da Onça, é maior depois do despejo de efluentes de hidrocarboneto, e na segunda etapa do estudo a riqueza e diversidade de espécies no igarapé natural (sem nome na região), é maior com relação a este mesmo igarapé depois da mistura com efluentes. Não existe diferença estatística significativa entre a comunidade do igarapé natural e entre este igarapé misturado com efluentes; e não existe diferença na estrutura genética entre as amostras de cada comunidade analisada, indicando que a descarga de efluentes neste corpo de água não tem impacto significativo na biodiversidade microbiana deste ambiente aquático. Este trabalho, pioneiro em análise taxonômica de amostras de um dique de efluentes e os igarapés com despejo de efluentes na área petrolífera de Urucu, representa uma oportunidade para a compreensão da relação entre a composição, abundância e diversidade dos microrganismos neste ambiente, e uma fonte rica para descoberta de novos grupos taxonômicos, assim como um enorme potencial para exploração biotecnológica desta diversidade. |