Tratamento farmacológico e qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/AIDS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Neves, Ana Rafaella Guimarães
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8359248555071123
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8621
Resumo: O avanço no tratamento medicamentoso tem aumentado a sobrevida das pessoas que vivem com HIV/Aids (PVHA), melhorando significativamente as taxas de mortalidade e a expectativa de vida. Porém a Terapia antirretroviral (TARV) possui muitos efeitos indesejados, que podem comprometer a efetividade e a segurança no tratamento. A não adesão ao tratamento aumenta a chance de falha virológica, diminuindo a recuperação das células TCD4+, aumentando a carga viral e consequentemente a possibilidade de óbito. A qualidade de vida passa a ocupar papel fundamental na avaliação do quadro clínico das PVHA, visto que pode representar fator significativo que influência na adesão e na continuidade do tratamento. A Atenção Farmacêutica é uma prática clínica que pretende monitorar e avaliar, continuamente, a farmacoterapia do paciente, com o intuito de melhorar os resultados em saúde. O objetivo geral do estudo foi avaliar o tratamento farmacológico de pessoas que vivem com HIV/Aids sob terapia antirretroviral, assistidos em uma Unidade de Saúde do Município de Manaus-AM, visando qualificar o nível de adesão à terapia antirretroviral, bem como nível de qualidade de vida. Trata-se de um estudo prospectivo, descritivo e longitudinal, realizado com pessoas vivendo com HIV/Aids sob terapia antirretroviral, acompanhados e vinculados a uma unidade de saúde do município de Manaus. Os participantes da pesquisa foram selecionados por conveniência temporal (demanda espontânea no serviço), dos quais foram coletadas informações gerais em um questionário, e foi aplicado o Teste de Medida de Adesão a Tratamentos de Morisky-Green, contendo seis perguntas, além do questionário HAT-QoL de 42 questões em nove domínios referentes à qualidade de vida e da coleta em prontuário da contagem de linfócitos TCD4+ e carga viral. Participaram 167 pessoas, sendo 65,87% do sexo masculino e 84,43% de cor parda. Cerca de 48% estudaram de oito a 11 anos; e em torno de 30% estudaram 12 anos ou mais. A idade variou de 18 a 73 anos (média de 35,9). O estudo descobriu que fatores sociais e estruturais, como atividade sexual, preocupações com o sigilo, com a saúde, questões financeiras e consciência sobre o HIV são importantes preditores de qualidade de vida relacionada à saúde. Conclui-se que 67,1% dos participantes tiveram resultado de média adesão à terapia medicamentosa. Os pacientes com carga viral indetectável um total de 86% apresentou contagem de linfócitos TCD4+ ≥350 células/mm3 e realizam o esquema terapêutico com Dolutegravir 50mg+Tenofovir 300mg+Lamivudina 300mg. Em suma, compreende-se que a adesão ao tratamento farmacológico e a qualidade de vida influenciam nos resultados dos testes laboratoriais de linfócitos TCD4+ e carga viral, sobretudo quando a contagem de linfócitos TCD4+ está abaixo de 200 células/mm3 de sangue, ou seja, com o sistema imunológico comprometido. Portanto, a correta adesão às terapias antirretrovirais proporciona um controle significativo da carga viral e de linfócitos TCD4+, desencadeando potencial benefício na terapia, na prevenção das doenças oportunistas e, consequentemente, na qualidade de vida dos pacientes.