"Mujeres en la venta": família e relações de gênero na fronteira amazônica - Brasil e Peru
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Antropologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7657 |
Resumo: | O presente trabalho traz uma reflexão sobre gênero e família na região de fronteira amazônica Brasil e Peru, especificamente nos municípios de Benjamin Constant (Brasil) e Islândia (Peru), por meio das “mujeres en la venta”. Nessa região fronteiriça acompanhei a circulação de minhas interlocutoras - quatro mulheres peruanas residentes no município de Islândia, durante os anos de 2017 e 2018. Para isso, realizei entrevistas, aplicação de questionário e observação participante, acompanhei os caminhos percorridos por elas, descrevi a dinâmica de seus cotidianos e o processo do comprar e vender, bem como a circulação de mercadorias. Tentei mapear as famílias das interlocutoras a partir dos laços de consanguinidade e de aliança, por meio da árvore genealógica de cada uma delas, bem como pela descrição das relações entre os familiares, como filhos, pais, irmãos, cônjuges e ex-cônjuges. Busquei entender como veem a si mesmas, uma vez que das quatro interlocutoras, três não são casadas, mantêm a casa por meio da compra e venda de produtos, não se auto identificam como comerciantes, mas sim como “amas de casa”. Apenas aquela que já criou seus filhos, autodenomina-se como comerciante. Utilizei categorias como gênero para pensar sobre as relações, especialmente no processo de “venda”, enfatizando a lógica relacional que perpassa a organização das famílias, incluindo sua auto-identificação como “amas de casa”. Além disso, trouxe para a discussão, a luz dos estudos sobre gênero e trabalho, categorias como chefia feminina e mulheres mantenedoras. |