Associação entre anemia, fatores de risco e estado nutricional de crianças ribeirinhas no município de Ananindeua - Pará
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas BR UFAM Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3399 |
Resumo: | Considerando que a anemia constitui-se em um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo e a precariedade de dados para a região amazônica, a presente pesquisa investigou a prevalência de anemia em crianças ribeirinhas do município de Ananindeua (Pará). Também avaliou fatores de risco discutidos na literatura buscando associá-los à anemia nas crianças participantes da pesquisa, bem como realizou a avaliação nutricional por meio dos índices Peso/Idade (P/I), Altura/Idade (A/I) e Peso/Altura (P/A). Foi adotado o estudo de corte transversal. Para análise dos dados coletados utilizou-se o programa estatístico BioEstat 5.0. As normatizações da Comissão Nacional de Ética em Pesquisas CONEP foram seguidas. Foram avaliadas 44 crianças com idade entre dois e 60 meses. A presença de anemia foi observada em 27,28% dos avaliados, o que pode ser classificado como um problema moderado de saúde pública. A microcitose foi observada em 63,63% dos exames realizados. O material fecal foi analisado por meio dos métodos Direto e Hoffman, mostrando que 67,64% das crianças estavam contaminados por parasitas. A avaliação nutricional foi feita pelo método antropométrico, nas quais se verificou que 20,45% das crianças apresentaram déficit de A/I. Foi verificado desnutrição em apenas uma das crianças (2,28%) ribeirinhas, os demais déficits encontrados para o índice P/A foram: 11,36% - Risco para sobrepeso; 6,81% - Sobrepeso e 2,28% - Obesidade. Para o índice antropométrico P/I, 95,45% das crianças apresentaram eutrofia, enquanto 4,54% apresentaram peso elevado para a idade. Os fatores de risco que foram determinantes para o surgimento de anemia nesta pesquisa foram: ter a idade inferior a 24 meses; ter baixo peso ao nascer; ter sido internado uma ou mais vezes; além da falta de tratamento na água ingerida pelas crianças. Apesar dos demais fatores que aqui foram testados não terem tido associação estatística com anemia, observa-se que estes fatores aparecem como prováveis condicionantes para o surgimento da mesma, uma vez que interferem de forma negativa na saúde da população ribeirinha. Outro fator importante a se observar é que os fatores que determinam anemia se diferem entre populações, por isso, sinaliza-se para a importância de se conhecer a epidemiologia das regiões. |