Os Kulina-Pano do Vale do Javari: histórias, memórias e atuação política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: D Avila, Janekely Reis
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7905563091778470
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6455
Resumo: Esta dissertação é resultado de um estudo interdisciplinar que enfocou as próprias narrativas Kulina-Pano a respeito dos seus processos históricos, por eles vivenciados e como esses processos influenciaram nas suas relações interétnicas. Os Kulina-Pano são falantes da língua Pano do ramo setentrional que habita o Vale do Javari no sudoeste do Estado do Amazonas. Hoje a unidade que conhecemos por Kulina-Pano é resultado da união de dois grupos da maloca dos Mawi que ocupavam o igarapé São Salvador e dos Kapishtana que ocupavam o igarapé Pedro Lopes. Esses dois grupos tiveram uma relação marcada por conflitos e acabaram se unindo como estratégia de sobrevivência do grupo após o contato oficial com a Funai. Os Kulina-Pano passaram por três processos violentos que fragilizaram o grupo: a perda demográfica populacional, o conflito com o povo Matses que praticamente dizimou o grupo e a dispersão dos sobreviventes do massacre pela margem do rio Curuçá e pelas cidades em Benjamin Constant, Tabatinga e Atalaia do Norte. A partir daí as relações dos Kulina- Pano com os não indígenas regionais e a Funai foram se constituindo, as alianças estabelecidas com os não indígenas regionais foram muito mais fortalecidas. Apesar de todo esse processo histórico, os Kulina-Pano conseguiram se reagrupar e fundar a própria aldeia. Atualmente, os Kulina-Pano estão retomando as relações de aproximação e parcerias com as instituições que atuam no Vale do Javari, como forma de serem atendidos nas suas demandas, além disso, procuram inserção politica e reconhecimento nos espaços institucionais. Para a obtenção dos dados da pesquisa realizada e utilizados nesta dissertação procedemos com pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo balizada pela etnografia.