O ensino médico na UFAM: reflexões sobre a formação de professores e de médicos para as demandas de saúde a partir da experiência do Internato Rural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Leite, Heliana Nunes Feijó
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9638916399403585, https://orcid.org/0000-0002-2365-6585
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8908
Resumo: Esta pesquisa apresenta reflexões sobre o desafio das escolas médicas que é a formação de professores que consigam preparar futuros médicos capazes de atender às demandas da população e da política de saúde. Trata-se de uma tese que foi desenvolvida ao abrigo do PPGE, UFAM, Área de Concentração: Linha de Pesquisa 3 – Formação e Práxis do Educador frente aos Desafios Amazônicos. O principal objetivo da pesquisa é, a partir das percepções dos professores do curso e dos egressos do módulo de Medicina Preventiva e Social/Internato Rural do Estágio Curricular Obrigatório, refletir sobre o ensino médico frente às demandas de saúde da população como desafio para o professor de medicina da Universidade Federal do Amazonas-UFAM, considerando as atuais políticas públicas da área de saúde no Brasil. A pesquisa tem o suporte filosófico da hermenêutica dialética na abordagem qualitativa, do tipo descritivo. Para a compreensão do tema recorreu-se à pesquisa documental e observação participante e auto etnográfica. Da pesquisa documental, os dados de questionários aplicados a professores e estudantes voluntários permitem caracterizar o perfil e a percepção desses atores. Os resultados apontam que os estudantes ingressam no curso ainda na adolescência, sendo que a maioria possui condições econômicas que permitiram cursar o ensino médio em escola privada. O estágio na área rural foi importante para o aprendizado principalmente quando se inseriram no processo de trabalho em Unidades Básicas de Saúde fluviais e visitas domiciliares como cenários de maior impacto. Os professores são médicos e jovens em sua maioria, graduados entre 5-10 anos, são doutores e trabalham em tempo parcial. Mesmo referindo conhecimento das Diretrizes Curriculares Nacionais, mantém o paradigma da especialização nas disciplinas, mas já reconhecem a necessidade de práticas na Atenção Primária. Não estão satisfeitos com a remuneração, ambiente de trabalho e recursos tecnológicos de apoio ao ensino e se sentem pouco motivados para a docência, sendo que suas sugestões de mudança se concentram em aumento da carga horária prática de suas disciplinas. A continuidade e aprofundamento dos estudos de modo longitudinal, e novas investigações na área, poderão contribuir com o aporte de novos conhecimentos cientificamente sistematizados sobre o tema.