Influência de variáveis ambientais e geográficas na estruturação da comunidade de répteis squamata em florestas de várzea e terra firme na região do Médio Rio Solimões, Amazonas, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Debien, Iury Valente
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0617336313853465
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4936
Resumo: O estudo teve como objetivos i) realizar o levantamento de espécies de répteis Squamata e ii) avaliar a influência de fatores ambientais (profundidade de serapilheira, altitude, inclinação do terreno, distância do corpo hídrico mais próximo e número de árvores caídas) e da distância geográfica entre as unidades amostrais na estruturação da comunidade de Squamata na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã. A área de estudo está localizada no estado do Amazonas-Brasil, no interflúvio entre os rios Negro e Solimões e é composta de um mosaico de florestas de várzea e de terra firme. As amostragens foram realizadas em período chuvoso e não chuvoso, na estação seca, entre outubro de 2013 e fevereiro de 2014. Os répteis Squamata foram capturados por busca ativa em 40 parcelas (20 em várzea e 20 em terra firme) de 250 metros de comprimento por 5 m de largura e, passivamente, por conjuntos de armadilhas de interceptação e queda instalados em cada parcela. A composição de espécies foi resumida por eixos de ordenação NMDS. Para avaliar os modelos de variáveis espaciais e ambientais sobre a composição de espécies, foram realizadas Análises de Redundância (RDA). Para visualizar quanto da variação foi explicada pelos componentes do modelo foi realizada uma partição da variância. As composições de Squamata entre as fitofisionomias foram bem distintas, com baixa similaridade entre os ambientes. A várzea foi caracterizada por um menor número de espécies, mais com uma abundância total de indivíduos maior, enquanto que na terra firme, houve um número superior de espécies, mas essas com poucos indivíduos. As variáveis ambientais significativas foram altitude, profundidade de serapilheira e inclinação do terreno. A partição da variância revelou que 5% da estruturação da comunidade foi explicada pelas variáveis ambientais, 7% pelas distâncias geográficas entre as áreas e 18% por ambas conjuntamente. As maiores diferenças encontradas nas composições entre os ambientes estão ligadas diretamente ou indiretamente ao pulso de inundação recorrente em ambiente de várzea, que seleciona espécies capazes de sobreviver nessas condições. A camada úmida da serapilheira pode estar influenciando a comunidade em ambiente de várzea durante o período da seca, mesmo que as espécies nesse ambiente não sejam, em sua maioria, especialistas neste habitat. A altitude e inclinação parecem responder melhor pela influência das alagações severas nas formações florestais em altitudes menores. O mosaico desses ambientes, ilustrado por uma alta dissimilaridade de espécies entre tipos de floresta (diversidade beta), tem uma contribuição direta para a diversidade da região da RDS Amanã