Composição Florística do Fitoplâncton e as Variáveis Limnológicas do lago Arara: um lago de várzea da Amazônia Brasileira
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11395 http://lattes.cnpq.br/9487213049673441 |
Resumo: | O lago Arara é um corpo de água permanente da planície de inundação do rio Solimões, distante 133 km rio acima de sua confluência com o rio Negro. O presente estudo teve por objetivo analisar a estrutura taxonômica da comunidade fitoplanctônica e algumas variáveis limnológicas do lago Arara nos períodos distintos (cheia e seca) e complementares (enchente e vazante) do regime hidrológico do rio Solimões. As variáveis amostradas foram: transparência, luz incidente, temperatura, condutividade elétrica, pH e oxigênio dissolvido. A comunidade fitoplanctônica esteve representada por 268 táxons, distribuídos em 5 divisões, 9 classes, 24 ordens e 98 gêneros. De acordo com a frequência de ocorrência, 161 táxons foram de espécies esporádicas, 61 táxons de espécies frequentes e 46 táxons de espécies constantes. As divisões Chlorophyta (139 táxons), Chromophyta (55 táxons) e Euglenophyta (51 táxons) foram as mais abundantes. A dinâmica sazonal da comunidade fitoplanctônica do lago Arara, evidenciou o máximo de distribuição na enchente (191 táxons) e o mínimo na seca (64 táxons). A divisão Chlorophyta predominou sobre as demais na enchente (56,5%) e cheia (50,6%), com destaque para as classes Zygnemaphyceae (36-23%) e Chlorophyceae (19-28%). A vazante e seca foi caracterizada pela codominância das divisões Euglenophyta (37-34%) e Chlorophyta (36-33%), destacando-se as classes Euglephyceae (37-34%) e Chlorophyceae (26-27%). Os valores de transparência detectados situaram-se na faixa de variação considerada típica para os lagos de várzea (0,3-2,0m). A proporção da coluna de água iluminada mostrou relação com a profundidade (Pmax), variando de 6,4% na cheia (Pmax = 10,0 m) a 33% na seca (Pmax = 2,6 m). A temperatura mostrou pouca variação (média de 27,9°C ± 1,5) oscilando entre 29-31ºC na superfície e 26-30ºC na água do fundo. A condutividade elétrica (28-71 S25/cm) e o pH (6,1-6,8) refletiram os diferentes graus de mistura (influxo fluvial e drenagem local) da água presente no lago, que evidenciou caráter levemente ácido a neutro. O grau de oxigenação das águas superficiais oscilou entre 3-6 mg/L (40-90% de saturação), observando-se redução acentuada do teor de oxigênio com a profundidade, levando a ocorrência de condições hipóxicas e anóxicas nas camadas medianas a profundas do lago, a exceção da seca, onde ocorre a completa oxigenação de toda a coluna de água. |