Efeito dos herbicidas diuron, glifosato e paraquat e curvas de distribuição de sensibilidade de espécies (CDSE) para a proteção da diversidade de macrófitas aquáticas da região Amazônica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Campos, Paola Souto
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6414810834266975
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4087
Resumo: O ecossistema aquático da Amazônia vem sendo alvo de contaminação ambiental pelo uso indiscriminado de herbicidas, colocando em risco a diversidade e abundância das macrófitas aquáticas da região. Pouco se sabe a respeito dos efeitos dos herbicidas em espécies de macrófitas aquáticas amazônicas, sendo a maioria dos estudos ecotoxicológicos desenvolvidos com a espécie Lemna sp., que é utilizada como representativa dos efeitos dos agrotóxicos sobre a comunidade de macrófitas. Além disso, os valores máximos permitidos para os herbicidas em uso no Brasil não estão estabelecidos em lei. O presente trabalho teve como proposta investigar a toxicidade crônica do diuron, glifosato e paraquat em sete espécies de macrófitas aquáticas de ocorrência na Amazônia (Azolla filiculoides, Cabomba aquatica, Limnobium laevigatum, Pistia stratiotes, Phyllanthus fluitans, Salvinia auriculata, Spirodela polyrhiza), permitindo delinear estratégias para sua proteção com base na utilização do método de distribuição de sensibilidade de espécies, e sugerir valores máximos permitidos para cada herbicida. Primeiramente, foi determinada a concentração de efeito mediana (CE50) dos herbicidas, testados individualmente para as sete espécies. Em seguida foram determinadas as concentrações de risco que afetam 5% das espécies (HC5) utilizando o conceito de distribuição de sensibilidade de espécies (DSE). Os valores máximos permitidos para cada herbicida em ambientes aquáticos na Amazônia foram propostos. Com base nos resultados da CE50, o paraquat se mostrou mais tóxico, seguido do glifosato e diuron, e as espécies S. auriculata e A. filiculoides foram às espécies mais sensíveis à exposição dos herbicidas, enquanto que C. aquatica apresentou uma menor sensibilidade. Os valores de HC5 evidenciaram que a espécies amazônicas são mais sensíveis que a espécie padrão Lemna sp. Os valores de HC5 gerados com a construção das DSEs foram propostos para a formulação dos padrões de qualidade de água, no que diz respeito ao grupo das macrófitas aquáticas, sendo os valores máximos sugeridos para 0,06 μg/L, 0,18 μg/L, 0,33 μg/L para glifosato, paraquat e diuron, respectivamente. Este trabalho é um dos pioneiros na realização de testes de toxicidade em macrófitas aquáticas da região amazônica com herbicidas. Ele contribui para ampliar o número de dados ecotoxicológicos e serve como ponto de partida para as discussões envolvendo a determinação de valores máximos permitidos de herbicidas para o ambiente aquático da Amazônia que visem proteger este grupo.