Potencial antioxidante extratos obtidos a partir de resíduos de frutos amazônicos
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4771 |
Resumo: | Os antioxidantes são compostos naturais ou sintéticos com a capacidade de inibir a ação dos radicais livres prevenindo o desenvolvimento de doenças de origem metabólica. Nos últimos anos, estudos na área de antioxidantes têm o seu foco voltado a esclarecer a aplicação destes em modelos de doenças humanas ou animais. Os frutos amazônicos são conhecidos pelo seu alto teor de compostos antioxidantes e os resíduos que são descartados no beneficiamento destes frutos podem ser utilizados para como matérias- prima pelas indústrias de alimentos e cosméticos. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi determinar o potencial antioxidante de extratos obtidos a partir de resíduos de frutos amazônicos consumidos pela população no Amazonas. Resíduos de açaí (Euterpe Oleracea), tucumã (Astrocaryum aculeatum) e castanha do Brasil (Bertholletia excelsa) foram selecionados e, a partir destes, obtidos os extratos com várias proporções de solvente etanol:água. Ensaios antioxidantes in vitro como atividade varredora de radicais livres DPPH-•, ABTS-•, O2-• e a quantificação de fenóis totais, bem como teste antioxidante em células MRC-5 foram realizados para caracterizar a capacidade antioxidante dos extratos. Após isso, testes in vivo, utilizando camundongos, foram realizados mediante a indução de estresse oxidativo por dano hepático causado por CCl4. Nos animais foram avaliados parâmetros bioquímicos de lesão hepática e marcadores bioquímicos do estresse oxidativo e da capacidade antioxidante. Os resultados obtidos mostraram que os extratos dos resíduos de açaí (37, 25 ± 1,87%) e tucumã (20,99 ± 0,81%) são ricos em composto fenólicos. Entretanto, a castanha apresentou um teor de somente 4,44±0,22% de fenólicos. Observou-se que o açaí e tucumã apresentaram uma atividade varredora de radicais DPPH•- (9,56±0,46 e 21,77±1,46 µg/mL) e ABTS•- (17,88±0,49 e 37,25±0,52 µg/mL) Mas, foram necessário concentração de CI50 maiores que 50 µg/mL para inibir o ânion radical O•-. As concentrações de 100 µg/mL foram citotóxicas para células, porém a castanha, na mesma concentração, não afetou a viabilidade celular. O tratamento do dano hepático em camundongos, com os extratos, foi significativo (p < 0,05) diminuindo o estresse oxidativo induzido pelo CCL4. O perfil dos marcadores antioxidante foi melhorado nos grupos tratados e capacidade antioxidante foi elevada em relação ao grupo basal. Apesar disso, foi observado que a dose de 400 mg/mL teve um efeito pro-oxidante. Todos os extratos apresentaram uma atividade hepatoprotetora reduzindo a concentração plasmática de transaminases. O extrato da castanha foi a mais efetiva em relação a esta atividade. Os extratos secos derivados de resíduos destes frutos mostraram potencial antioxidante in vitro e in vivo, bem como atividade hepatoprotetora. Portanto, estes resultados segurem que estes extratos possuem compostos que podem ser empregados em indústrias locais de cosméticos ou ser utilizados como nutracêuticos em indústrias alimentícias. |