Estudo observacional dos preditores clínicos e angiograficos de elevação de troponina pós angioplastia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Ingrid Loureiro de Queiroz
Outros Autores: https://lattes.cnpq.br/6028999650981617
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Cirurgia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9521
Resumo: INTRODUÇÃO: Troponina T (TnT) e troponina I (TnI) são marcadores de necrose miocárdica muito sensíveis e específicos para avaliação de lesão miocárdica, e sua elevação após realização de angioplastia coronariana correlaciona-se a pior prognóstico. A presença de complicações após este procedimento é causa conhecida de elevação dos marcadores de necrose. Na ausência de complicações, as causas de elevação de troponina são especulativas. OBEJTIVO: avaliar a relação entre elevação de troponina e fatores clínicos e anatômicos associados a angioplastia na ausência de complicação. MÉTODO:
Estudo descritivo transversal que avaliou 124 pacientes submetidos a angioplastia coronariana durante o período de janeiro de 2019 a dezembro de 2019 no Hospital Universitário Francisca Mendes, por meio da análise de critérios clínicos e dosagem de troponina antes, 6h e 12h após o procedimento de angioplastia. Este trabalho foi submetido e aceito pelo conselho de ética. RESULTADOS: Dos pacientes analisados, 63,3% eram do sexo masculino e a média de idade de 63 anos. A média de stents foi de 1,66 por paciente e hipertensão foi a comorbidade de maior prevalência. Destes, 80 pacientes (64,5%) apresentaram elevação de troponina acima do percentil 99 e 32 (25,8%) apresentaram elevação de marcador acima de 5x valor normal. Nenhuma característica clínica se correlacionou significativamente com elevação de troponina acima do percentil 99. Dentre as características relacionadas ao procedimento, observamos que número de stents e de artérias tratadas (p<0,001 e p=0,046 respectivamente), tempo de procedimento (p=0,032) e volume de contraste (p = 0,008) se correlacionaram com elevação de troponina. No subgrupo de paciente com troponina >5x valor da normalidade, história de tabagismo se correlacionou com menor elevação enzimática, e o número de stents e de artérias tratadas continuou se correlacionando com esse aumento. CONCLUSÃO: quanto a elevação de troponina acima do percentil 99, não houve associação com nenhum critério clínico; porém, quando aos critérios relacionados ao procedimento, número de stents e de artérias tratadas, tempo de procedimento e volume de contraste se correlacionam com a elevação do marcador. No grupo de paciente com elevação de troponina acima de 5x valor da normalidade, além dos critérios relacionados ao procedimento, o tabagismo se comportou como um fator protetor.