A pesca comercial de raias para consumo alimentar no eixo fluvial Solimões-Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Euclides Luis Queiroz de Vasconcelos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8038871068555264, 0000-0002-6462-8556
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal e Recursos Pesqueiros
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8924
Resumo: Dentre os recursos pesqueiros presentes na região amazônica, estão as raias de água doce, onde encontra-se a maior diversidade de espécies de potamotrigoníneos, sendo que a utilização desse recurso como fonte de alimento ainda não é prática comum na bacia Amazônica. Entretanto, espécies como Paratrygon aiereba devido ao grande porte, têm sido capturadas nas bacias dos Rios Negro e Solimões-Amazonas. Esse recurso é exportado principalmente para os estados do nordeste e sudeste do país. Os primeiros registros de explotação de raias para fins de consumo alimentar no Estado do Amazonas surgiram em meados de 1995, com registro de 1,48 toneladas desembarcadas no mercado de Manaus. O presente trabalho teve como objetivo a caracterização da pesca comercial de raias para consumo alimentar no eixo fluvial Solimões-Amazonas. O estudo foi realizado no eixo Solimões-Amazonas, compreendendo os municípios de Tefé, Manacapuru e Parintins, todos os municípios pertencentes ao Estado do Amazonas. Foram aplicados questionários estruturados a todos os pescadores (masculino e/ou feminino) comerciais de raias, que possuíam informações relevantes sobre o histórico da pesca e comércio desses peixes nos diferentes locais nos municípios. Foram coletados dados de produção (Toneladas/mês/ano) nos frigoríficos/entrepostos de pescado em escala temporal – (2015-2020) oriundos das planilhas de Registro de recepção, temperatura e rastreabilidade do pescado e do pescado pré-eviscerado dos frigoríficos sendo relacionados com o nível do rio (cm). A análise estatística foi realizada utilizando o Software R, versão 3.6.2 com nível de significância adotado de 5% (p < 0,05). Os homens foram responsáveis por mais de 80% da mão-de-obra pesqueira, grande parte dos pescadores estão na faixa etária de 40 a 50 anos e a maioria dos pescadores tem ensino fundamental completo (46,30%). O município de Tefé apresentou maior concentração de pescadores com menor escolaridade. O tipo de isca utilizada na pesca de raias é exclusivamente peixe (espécies de baixo valor comercial). Nas cidades de Tefé e Parintins, foram reportados 21 tipos diferentes de espinhel e o tipo mais comum, foi o Espinhel/50 - (16,67%). A maioria dos pescadores demonstrou preferência por pescar no canal do rio (94,44%), tendo como forma de armazenamento exclusivamente o gelo. Parintins é a cidade que mais desembarcou raias (42.042,51 kg) no período de 2015 a 2020. A pesca de raias apresenta importância comercial, abastecendo um mercado cada vez mais exigente e é necessário haver a regulamentação dessa pesca, visto as particularidades que o recurso alvo apresenta. Palavras-chave: Paratrygon aiereba; Amazônia; Pescadores; Indústria.