À mesa da Belle Époque manauara: dos canapés de foie gras ao pirarucu de casaca
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9765 |
Resumo: | Esta pesquisa se dispôs a identificar as dinâmicas sociossimbólicas pautadas na gastronomia manauara contemporânea considerando as narrativas sobre alimentação na Belle Époque utilizando a cozinha amazônica de base ancestral sobre o aspecto da resistência. Para conseguir alcançar esse propósito foi trilhado um caminho que se inicia com a pesquisa de elementos que norteiam a base da culinária amazônica através de uma perspectiva sociossimbólica e cultural, que seguiu com a investigação dos hábitos e costumes à mesa da sociedade manauara no período da Belle Époque através de cardápios de festas e anúncios de jornais sobre restaurantes, e terminou com a análise dos aspectos indicativos de resistência da cozinha amazônica frente as imposições culturais, que refletem no atual cenário gastronômico da cidade de Manaus. O percurso metodológico utilizado foi uma abordagem qualitativa com técnica de pesquisa bibliográfica e documental, em que a poesia e a música nortista apresentam os sabores, os saberes e os costumes que envolvem a cozinha amazônica. A mitologia indígena dos Dessanas e dos Satarê-Mawé sobre a mandioca e o guaraná, respectivamente, nos mostram o sobrenatural e o simbolismo indígena com alimentos associados a origem dessas sociedades. Os acervos dos jornais do período da Belle Époque manauara e os cardápios do banquete da festa de aniversário do governador Silvério Nery, ocorrido em 1901 no Teatro Amazonas, serviram de análise culinária técnica e conceitual. Entrevistas e reportagens de jornais e revistas digitais que tratavam sobre a gastronomia contemporânea manauara e seu atual contexto foram o embasamento sobre os restaurantes regionais e o primeiro restaurante indígena do país, o Biatüwi - Casa de Comida Indígena. Observou-se uma cozinha amazônica como reflexo dos povos autóctones em que a força ancestral é sinônimo de resistência cultural e gastronômica em uma cuia temperada de redenção. |