Morfologia do tubo digestório e diversidade de endoparasitos intestinais em Rhytiodus microlepis (Characiformes: Anostomidae): sazonalidade na relação parasito-hospedeiro em um lago de várzea da Amazônia Central
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Zoologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7471 |
Resumo: | Este trabalho teve como objetivo avaliar a fauna de endoparasitos intestinais em Rhytiodus microlepis e as relações desta com fatores bioecológicos. No primeiro capítulo as características anatômicas, histológicas e histoquímicas do tubo digestório da referida espécie foram descritas, com a finalidade de fornecer base para as análises do segundo capítulo. No geral o tubo digestório de R. microlepis é semelhante ao de outros peixes teleósteos e consiste em esôfago, estômago e intestino. No entanto, peculiaridades foram observadas, como a camada muscular intestinal, que se organiza em três túnicas musculares: muscular longitudinal interna, muscular circular interna e muscular longitudinal externa, configuração esta nunca relatada para peixes teleósteos anteriormente. A análise histoquímica revelou que o esôfago, a região pilórica do estômago e o intestino reagiram positivamente a todos os métodos histoquímicos empregados, com exceção das regiões cárdica e fúndica do estômago que reagiram positivamente somente ao PAS e PAS+AB 2.5. O segundo capítulo teve como finalidade estudar a fauna de endoparasitos de R. microlepis durante as estações de cheia e seca da região do lago Catalão, Iranduba, Amazonas, Brasil, correlacionando os níveis de infecção com a distribuição, a densidade dos endoparasitos, e o grau de patogenicidade destes. Dos indivíduos analisados, 100% estavam parasitados por metacercárias de Digenea e 94,7% pelo acantocéfalo da espécie Octospiniferoides incognita. Ambos os táxons de endoparasitos ocorreram na cheia e seca, no entanto, a intensidade e abundância de metacercárias de Digenea foi significativamente maior na estação seca. Com relação a distribuição dos parasitos, ambas as espécies ocorreram ao longo do tubo, sendo que as metacercárias de Digenea tem clara preferência pelas porções mais iniciais e o acantocéfalo O. incognita pelas porções intermediárias do intestino. As metacercárias foram registradas em alta frequência na camada mucosa (região da lâmina própria), enquanto que os acantocéfalos foram mais frequentes no lúmen. Os valores do índice de alteração histopatológica para o órgão foram significativamente maiores na seca do que na cheia. Considerando os aspectos avaliados neste estudo, a histologia foi uma ferramenta efetiva para conhecer as características morfológicas do tubo digestório de R. microlepis com aplicabilidade para inferir sobre os padrões de distribuição dos endoparasitos intestinais encontrados, as respostas do hospedeiro a estas infestações e ainda como ambos respondem as oscilações que ocorrem no nível das águas do lago Catalão. |