Estudo do Mecanismo da Barreira de Areia contra Nasutitermes sp. (Isoptera: Termitidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Nascimento, Cristiano Souza do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3000
Resumo: Os danos causados por cupins do gênero Nasutitermes, o classificam como uma das principais pragas de madeiras em centros urbanos. Várias alternativas vêm sendo estudadas para o controle de cupins, entre elas as barreiras de areia têm mostrado efetividade, além de serem caracterizadas como um produto ecologicamente correto. Este estudo teve como objetivo avaliar em testes de laboratório barreiras de areia contra cupins Nasutitermes sp. Inicialmente foram realizados ensaios granulométricos em areia comercial e em seguida, foram selecionadas quatro frações da areia peneiradas com diâmetros de 0,85-4,75 mm e duas misturas com partículas nos diâmetros de 1,68-4,75 mm (Mix 1) e 0,85-1,99 mm (Mix 2) para os testes biológicos de penetração. No primeiro ensaio (Bioteste 1) foram utilizados tubos de vidro (25 X 110 mm) preenchidos com serragem umidificada, agar 2%, camada de areia umidificada (60 mm), agar 2%, frações de serragem e 50 cupins (41 operários e 9 soldados). Estas unidades foram tampadas e dispostas em uma plataforma cercada por água próximo a colônia-mãe. A penetrabilidade foi avaliada num período de 2 semanas e, ao final do teste foi quantificada a sobrevivência. No segundo experimento (Bioteste 2), béqueres de 250 mL foram utilizados e preenchidos da mesma forma que o os tubos-teste, sendo que não foi adicionado o agar e nem os cupins nesta composição. Estas unidades foram dispostas em torno da colônia-mãe de Nasutitermes sp. por 30 dias. Em paralelo aos ensaios foi realizada a biometria de cupins Nasutitermes coletados na cidade de Manaus. O substrato controle (partículas < 0,85 mm de diâmetro) foi totalmente penetrado (60 mm) em menos de 72h em ambos biotestes. Para o Bioteste 1, as frações de areia de 1,68-1,99 mm de diâmetro (M12) apresentaram a menor penetração (3,33 mm). Camadas formadas por partículas de 0,85-1,67 mm (M20) tiveram uma penetração de média de 21,67 mm de profundidade. Entretanto, as camadas de areia composta de partículas nas dimensões 2,38-4,75 mm (M8), 2,00-2,37 mm (M10) e 1,68-4,74 mm (Mix 1) não foram penetradas. No bioteste 2 foi observada apenas uma leve escavação/penetração de 3,33 mm na barreira formada por partículas de 0,85-1,67 mm de diâmetro (M20). As demais frações foram praticamente negligenciadas pelos cupins (penetração de 0%). A sobrevivência do Nasutitermes sp. nos bioensaios foi de 52% no substrato controle e 34,67% em média para as demais frações tratamentos. A biometria dos cupins revelou dimensões de 4,35 mm (corpo inteiro) e largura da cabeça de 1,10 mm, para os operários da espécie testada. No ensaio granulométrico detectou-se maior teor de partículas finas (< 0,85 mm) na areia comercial. Com base nas dimensões mínimas das partículas de cada fração testada, desenvolveu-se uma regressão simples para estimar as dimensões dos interstícios nas barreiras de areia de acordo com a distribuição das partículas. Ao final deste estudo, concluiu-se que a faixa granulométrica efetiva contra cupins Nasutitermes sp. embarreiras de areia é de 1,68 a 4,75 mm, sendo esta classificada como impenetrável.