A efetividade da imunização na mortalidade de idosos com síndrome respiratória aguda grave por covid-19 no brasil: um estudo nacional de coorte retrospectiva
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10590 |
Resumo: | A pandemia da COVID-19 ressaltou a vulnerabilidade dos idosos, especialmente à SRAG, devido a comorbidades e menor resposta imunológica. No Brasil, com população idosa em crescimento, destaca-se a campanha de vacinação. Contudo, faltam estudos nacionais sobre a efetividade vacinal em diminuir a mortalidade nessa faixa etária. Este estudo é uma coorte observacional retrospectiva realizada em âmbito nacional. O foco estava em indivíduos idosos que foram hospitalizados devido a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à COVID-19, com seus dados registrados na plataforma Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-GRIPE) no período 2021/2022. O principal objetivo do estudo foi analisar a ocorrência de morte dentro de um período de 90 dias (análise de Tempo até o Evento). Analisados 411.312 idosos (144.433 não vacinados, 266.879 vacinados), com idade média de 74,5 anos e distribuição de gênero equilibrada, a taxa de mortalidade foi de 43,9%, sendo menor nos vacinados (40,5%) versus não vacinados (50,2%). Comorbidades prevalentes incluíram cardiopatias (70,6%) e diabetes (51,3%). A vacinação mostrou redução de 26% no risco de morte (IRR = 0,74) e aumento de 19% na sobrevida (HR = 0,81). Regionalmente, a Região Norte teve o menor risco de morte (IRR = 0,74), e a Sul, o maior (IRR = 0,88). Menor necessidade de ventilação mecânica invasiva (OR = 0,68) e internações em UTI (OR = 0,88) foram notadas entre vacinados. A eficácia da vacinação melhorou com cada dose adicional, sendo a primeira dose (IRR = 0,92; HR = 0,95), a segunda dose (IRR = 0,85; HR = 0,87) e a dose de reforço (IRR = 0,64; HR = 0,73), todas associadas a melhorias significativas na redução do risco de morte e aumento da sobrevida, evidenciando a importância da adesão ao esquema vacinal completo. Esses dados ilustram a importância da vacinação, inclusive de doses de reforço, na diminuição da mortalidade entre idosos afetados pela COVID-19. Observou-se importantes diferenças entre os grupos vacinados e não vacinados, que se apresentaram mais evidentes a partir do 30º dia após a vacinação, sendo constatado que a vacinação diminuiu o risco de óbito em 26% entre os pacientes idosos, (IRR) de 0,74 (p<0,0000) após ajustes para variáveis como idade, sexo e comorbidades, e evidenciado o aumento de 19% na sobrevida para o mesmo grupo (HR) de 0,81 (p<0,0000), sugerindo que a vacinação não apenas reduz o risco de morte, mas também melhora as perspectivas de sobrevida para os pacientes idosos que são hospitalizados com a doença em estado grave. Os resultados confirmam a importância da vacinação como ferramenta vital de saúde pública, mostrando uma associação significativa entre a imunização e a diminuição da mortalidade nesse grupo vulnerável. Destaca-se a crucialidade da completa adesão ao calendário vacinal, englobando a aplicação da dose de reforço, pois os benefícios da imunização se intensificam com a administração das doses subsequentes |