Concepções (errôneas) de ciências de alunos de biologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Daniel Victor Lima de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3512621085310641
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8580
Resumo: A sociedade contemporânea é amplamente influenciada pela ciência, no entanto há bastante difusão de preceitos errôneos sobre o conhecimento científico. Por um lado, há um aumento na quantidade de adeptos das pseudociências, como movimentos antivacina e negacionismo da ciência. Por outro, ideias dogmáticas sobre a universalidade, superioridade e neutralidade do conhecimento científico ainda encontram espaço no processo de ensino-aprendizagem, ganhando o nome de Positivismo Ingênuo, por ser uma concepção que nasce de um mero senso comum. Ambas as concepções indicam que há falhas no ensino de ciências em seu aspecto mais fundamental e filosófico, o que é preocupante no âmbito das universidades por estas formarem professores de ciências e pesquisadores. Dessa forma, o caminho epistemológico para a solução de tais problemáticas envolve o desenvolvimento de dois elementos indissociáveis: o Letramento Científico e o Pensamento Crítico. A aplicação desses elementos depende de um diagnóstico prévio que permita propor estratégias adequadas para a resolução dos problemas encontrados pelos estudantes. Sendo assim, o presente trabalho objetivou analisar as concepções de ciência de graduandos em Ciências Biológicas, por meio de diferentes escalas quem medem o grau de crença em pseudociências, positivismo ingênuo, disposição ao pensamento crítico, motivação para a prática científica e força da fé religiosa. Através da comparação entre estudantes com graus de formação iniciantes, intermediários e avançados, foi identificado que não há diferença significativa entre essas categorias, demonstrando que o curso não tem efeito sobre as concepções errôneas. Comparações entre estudantes de Bacharelado e Licenciatura demonstram que também não há diferenças significativas entre essas duas modalidades, com exceção do positivismo ingênuo, para o qual os licenciandos demonstraram ter maior grau de crença. Os resultados demonstram que, no geral, o grau de crença nas concepções analisadas é elevado entre os estudantes das duas modalidades. Apesar de haver confiança na ciência e no pensamento crítico, isso não se reflete em grau menor de crença em concepções errôneas, revelando que há a necessidade de abordagens mais objetivas, expositivas e cientificamente embasadas sobre os problemas encontrados.