Colaboração nas entrelinhas: os mateiros de ontem e de hoje e o papel dos conhecimentos tradicionais para o desenvolvimento da pesquisa científica na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Luis Felipe Costa
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5408233578741775
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8734
Resumo: O presente trabalho aborda e contextualiza a atuação e a importância de uma série de agentes sociais historicamente negligenciados, conhecidos no contexto atual como mateiros/barqueiros/pescadores/escaladores e outros, responsáveis pela construção e produção de conhecimento através de seus esforços colaborativos junto aos inúmeros empreendimentos científicos realizados em território amazônico. A partir de um enfoque antropológico, em um primeiro momento estes agentes sociais são situados em seu lugar histórico, conquistado gradualmente ao longo de uma extensa linhagem de profissionais proporcionadores de uma interface entre os exploradores vindos “de fora” e o ambiente “local” desde os primeiros empreendimentos estrangeiros na Amazônia. Em seguida, a partir de um prisma etnográfico são abordadas as realidades vividas pelos mateiros “de hoje”, buscando enxergar a história da pesquisa científica desenvolvida na região sob a ótica dos seus pontos de vista singulares, frequentemente desconsiderados nos relatos históricos “oficiais”. Por fim, são colocados em discussão os parâmetros atualmente empregados para “medir”, “avaliar” e “classificar” sistemas de conhecimento, “qualificações” e “capacidades” fora da esfera da “legitimação científica” e as profundas e assimétricas hierarquias derivadas de um contexto social fundamentado em princípios etnocêntricos perpetuadores de desigualdades e exclusão.