Dor em recém-nascidos pré-termo submetidos à fisioterapia em unidade de terapia intensiva neonatal no Amazonas: coorte prospectiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Garcia, Bianca Maria Schneider Pereira
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3215086160505587
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação Física e Fisioterapia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7953
Resumo: Introdução: A fisioterapia em Terapia Intensiva Neonatal é uma especialidade que tem crescido nas unidades de terapia intensiva neonatais (UTINs) e se propõe, entre outros objetivos, a desencadear repercussões positivas para o melhor desenvolvimento do recém-nascido (RN), especialmente os pré-termo (RNPTs). Contudo, não se sabe se as modalidades de Fisioterapia causam dor e estresse. Assim, o objetivo desde estudo foi descrever as características clínicas e analisar a dor em RNPTs submetidos à assistência Fisioterapêutica em UTIN. Métodos: Coorte prospectiva que observou a dor de RNPTs antes e após as modalidades de fisioterapia numa UTIN da região norte brasileira, sendo o desfecho final: óbito, alta ou transferência. Foram coletados aspectos clínicos, registros das modalidades de fisioterapia aos quais os RNPTs foram submetidos, e a dor por meio das escalas: Neonatal Infant Pain Scale - NIPS, Premature Infant Pain Profile - PIPP e Neonatal Facial Action Coding System – NFCS, além das medidas de controle de dor e estresse empregadas. Resultados: 153 RNPTs com idade gestacional (IG) média de 31,59 ± 2,77 semanas foram observados. Durante os 642 dias de observação na UTI foram observados 4370 atendimentos fisioterapêuticos. O tempo médio de internação foi de 20,66 ± 19,38 dias. A maioria dos RNPTs admitidos estavam sob ventilação mecânica invasiva (VMI) e recebeu alta hospitalar. A média das modalidades de fisioterapia durante a internação foi de 83,11 modalidades/RNPT. As médias foram maiores para os RNPTs em VMI. Foram registradas 32 modalidades fisioterapêuticas diferentes, sendo os mais frequentes: aspiração, avaliação, posicionamento e estimulação. A contenção facilitada foi a medida não farmacológica mais empregada para o controle da dor durante a fisioterapia e a farmacológica foi o Fentanil. A maior parte dos RNPTs não apresentou dor antes e nem depois das modalidades. Conclusão: Foi possível concluir que as características clínicas dos RNPTs observadas numa UTIN da região norte do Brasil que foram submetidos à assistência fisioterapêutica foram semelhantes a de muitas UTINs brasileiras, com bebês prematuros moderados e muito pré-termo, com baixo peso e nascidos de parto cesariana. Foi relevante demonstrar que os RNPTs na UTIN não sentiam dor e que a fisioterapia estava envolvida nas medidas para o seu controle. Também foi possível concluir que as modalidades de fisioterapia a que os RNPTs foram submetidos não causaram dor ou estresse nos RNPTs.