Expressão heteróloga da proteína FEM de abelha Melipona interrupta (Hymenoptera, Apidae) em bactéria Escherichia coli

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mendes, Filipe de Souza
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9695502438927744
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8537
Resumo: Em todo planeta é notória a queda populacional das abelhas, o que tem levado cientistas do mundo inteiro a encontrar meios que auxiliem a preservação destes animais. A redução populacional tem efeito extremamente negativo para esses insetos devido à diminuição dos alelos de genes de determinação de sexo. Por isso estudos que busquem a compreensão do papel destes genes podem vir a ajudar na preservação desses insetos. O gene fem desempenha importante papel da determinação de sexo e castas de abelhas. A contribuição do gene fem para estes processos em Mellipona interrupta, uma abelha nativa da região amazônica, tem sido investigada por métodos de trancriptômica. Para contribuir aos resultados e hipóteses de outros autores sobre a participação desse gene na determinação de sexo e casta de M. interrupta, este trabalho objetivou em expressar, purificar e renaturar a proteína rMiFEM. O gene fem sintético foi clonado no vetor de expressão pGS-21a e expresso em diferentes linhagens de Escherichia coli, sendo que os melhores resultados foram obtidos na linhagem Rosetta (DE3). Os clones expressaram uma proteína de 50 kDa (rMiFEM) na forma de corpúsculo de inclusão seguido de renaturação in vitro utilizando três diferentes protocolos. Destes, o que proporcionou melhores resultados foi o recomendado para renaturação de Proteínas SR. Ao se analisar a sequência peptídica da proteína MiFEM com ferramentas de bioinformática, identificou-se um domínio de ligação ao RNA que ainda não havia sido descrito para essa proteína, bem como duas regiões ricas em arginina e serina (domínios RS que já haviam sidos descritos anteriormente) e vários possíveis sítios de fosforilação. Utilizando protocolo de enriquecimento de Proteínas SR revelou-se um padrão diferente nas proteínas de machos, operarias e rainhas, indicando que diferentes Proteínas SR são expressas diferencialmente entre sexos e castas. Embora não tenha sido possível verificar a proteína Fem no extrato enriquecido, hipotetiza-se que Fem de M. interrupta foi precipitada pois apesar de não ser uma SR-proteína ela contém os domínios necessários para a precipitação. A proteína rMiFEM será posteriormente utilizada para produção de anticorpos específicos anti-Fem, o que auxiliará na compreensão da participação da proteína Fem na determinação de sexos e castas em M. interrupta.